Dicas para o fim de semana em Buenos Aires

  • Ruben Rada e seu Álbum Negro – Amanhã, única apresentação deste grande músico uruguaio. O disco que leva o nome do show inclui 50 músicas de sua discografia. O concerto é no ND Ateneo e as entradas começam em 80 pesos.
  • Los Posibles  – A mídia argentina publicou boas críticas sobre este espetáculo de dança contemporânea que estréia hoje, no Centro Cultural San Martin.  O grupo, chamado KM29, é composto por adolescentes sem formação coreográfica, que vivem em González Catán ( justamente no quilometro 29 da rodovia 3). Completam o grupo dois bailarinos profissionais. O trailer está abaixo.
  • Buenos Aires Market – Este final de semana acontece a segunda edição desta feira, que rola em San Telmo, e visa difundir a produção organica da cidade. ESpero que eles tenham se organizado um pouco mais porque da primeira vez estava tudo lindo mas era impossível comprar algo. Tinha gente saindo no tapa por uma baguete. É no sábado e domingo, na Av. Caseros, entre Bolívar e Defensa.

  • Exposição San Telmo Recuerda  – O ESpaco Giesso (Cochabamba 360) apresenta 50 fotos sobre a vida cotidiana de San Telmo anterior ao ano 2000 (famílias, festivais, fotos de rua, do comércio, etc), recolhidas por meio de uma convocatória entre os vizinhos.  Mais de 700 imagens chegaram ao projeto!

  • Bye Bye American Pie – Últimos dias para ver esta ótima exposição de fotografia, no Malba.E já que estamos por lá, a não perder Brailles y relecturas de la Biblia, de Leon Ferrari, um dos grandes artistas argentinos.
Novo espaço cultural da Biblioteca do Congresso

Novo espaço cultural da Biblioteca do Congresso

Foto Clarín

A Biblioteca do Congresso tem um novo espaço cultural, localizado na rua Adolfo Alsina, 1835.

Inaugurado em março, o local receberá ciclos de cinema, espetáculos de teatro, exibições de arte e oficinas de diversos tema. Tudo gratuito. Concentrará também as atividades de digitalização, microfilmagem e restauração de documentos.

No subsolo do novo edifício foi instalado um micro cinema com capacidade para 140 pessoas, imagem em 3D e alta definição e som digital 5.1. As sessões são todas as terças e quintas, às 18h30. Este mes há dois ciclos: Cine e Revolução e Escritores no Cinema. Vejam a programação AQUI.  

No térreo há uma galeria de arte (de um total de sete espaços de exposições) e um café (que ainda não está pronto). No primeiro piso funcionam as oficinas de artes plásticas, tango, fotografia, filosofia, folclore e informática, para citar alguns.

A Biblioteca do Congresso foi fundada em 1859 como biblioteca parlamentar e, desde 1917 estendeu seu serviços ao público com geral. Fica aberta as 24 horas, na sede central de Hipólito Yrigoyen 1750.

O setor bibliográfico – que conta com um catálogo de mais de 3,5 milhões de pecas – segue na sede central,  mas pode ser consultado no site http://www.bcnbib.gov.ar.

Aconselho que voces deem uma explorada porque tem muita coisa. É só clicar em CATÁLOGO para saber as obras que estão disponíveis para consulta.

Buenos Aires me emociona

Sábado tivemos aqui a Noite das Livrarias. Corrientes fechada para carros, sofás no asfalto, um multidão na rua. Lojas abertas até de madrugada para vender…cultura.

O que vi por lá: mesinhas jogar Palavras Cruzadas, campeonato de xadrez, criação literária ao vivo com DJ inspirando o escritor, um montão de artistas pintando um muro para incentivar a leitura, Zivals lotada em dia de calor com ar condicionado pifado, Horacio Ferrer bem no meio da minha foto da vitrine do Gato Negro.

Essa Buenos Aires só apronta….

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Destaques da semana em Baires

HOJE 10– LITERATURA

Comeca hoje um curso bacana de literatura no Malba, chamado “Ficciones barrocas”. Conduzido por Carlos Gamerro, irá abordar as obras de  Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares, Silvina Ocampo e Julio Cortázar. Ainda dá tempo!! Os encontros serão todas as segundas de janeiro, das 18h30 às 20h30. O preço é 200 pesos. Há vários outros cursos no Malba neste verão escaldante. É só espiar AQUI.

TERCA 11 – CINEMA

Volta o ciclo “Cine com estrellas” no Konex. Amanhã, com a presença de Gustavo Bazterrica, ex integrante da banda Los Abuelos de la Nada, será apresentado o documentário “Buen día, día”, de Sergio “Cucho” Costantino e Eduardo Pinto.

O filme faz homenagem a Miguel Abuelo (1946-1988), uma das figuras do rock under nacional, com fotografias, música, imagens, poesia e ainda depoimentos de artistas como Luis Alberto Spinetta, Andrés Calamaro e Daniel Melingo. Há uma boa resenha sobre o filme no caderno Radar, do Página 12, AQUI.

O Centro Cultural Konex fica na Sarmiento 3131e o filme começa ás 20h. Entradas $ 25.

QUARTA 12 – TANGO

Também no Konex, todas as quartas acontece a milonga La Garufa. A festa tem início a partir das 20h, com classes de tango, e segue com as apresentacoes de Chino Laborde e Dipi Kvitko + Cucuza Castiello e Mozcato. A partir das 23h a orquestra Boquitas Pintadas arranca com o baile. Outra boa pedida nesse dia é Milonga Maldita, com orquestra El Arranque (Chile, 571). Ou ainda tango aéreo 8cho, de Brenda Angiel, que se apresenta quarta e quinta, às 20h30, no Anfiteatro do Parque Centenario (Leopoldo Marechal e Lillo). ENTRADA GRATUITA.


QUINTA 13 – FOTOGRAFIA

Foto: Fundación Barenboim-Said

A exposição “MÙSICA PARA EL COMPROMISO” segue até o dia 16 de janeiro, na Praça San Martín. Apresenta 31 imagens em preto e branco que retratam o trabalho realizado pela Fundación Barenboim-Said, criada para promover a paz e a reconciliação dos povos através da música. Desenvolve projetos na Andaluzia, territórios palestinos e Israel. A mostra reúne trabalhos dos fotógrafos espanhóis e alemães Luis Castilla, Peter Dammann, Agustín Hurtado e Monika Rittershaus.


SEXTA 14 – MÚSICA

Imperdible!

Juan Falú fará um show de graça no Centro Cultural Haroldo Conti (ex-ESMA, Libertador 8151), às 21h. Para quem não o conhece, Falú é violonista, compositor e professor, uma das referências fundamentais da música argentina. É diretor do ciclo musical “Guitarras del Mundo”, encontro que reúne prestigiosos violonistas de todo o mundo, e é também um dos criadores do ciclo “Maestros del alma”, no qual homenagearam-se as principais referências vivas da música folclórica argentina. Entre outros prêmios, recebeu o “Premio Gardel 2008”, para o melhor CD do ano.

Cine ao ar livre

 

Retorna amanhã o projeto Autocine no Rosedal. Começa sempre às 21h, no Rosedal de Palermo (Av. Del Libertador y Av. Sarmiento). Sábado a programação inclui Carancho, de Paulo Trapero, e domingo é a vez de Dos hermanos, de Daniel Burman. A iniciativa faz parte do projeto A Cidade ao Ar Livre, do governo de Buenos Aires. Já vi Carancho, Dos Hermanos e Rompecabezas e recomendo os três.

Há um espaço na frente da tela para pessoas que não tem carro, como eu!! Com som independente, por supuesto. Ah, a entrada é gratuita.

Segue a programação completa:

8 de janeiro: Carancho, de Pablo Trapero.
9 de janeiro: Dos Hermanos, de Daniel Burman.
15 de janeiro: El Hombre de al lado, de Mariano Cohn y Gastón Duprat.
16 de janeiro: La Mirada Invisible, de Diego Lerman.
22 de janeiro: Excursiones, de Ezequiel Acuña.
23 de janeiro: Rompecabezas, de Natalia Smirnoff.
29 de janeiro: Pájaros Volando, de Néstor Montalbano.
30 de janeiro: El Ambulante, de Eduardo de la Serna, Lucas Marcheggiano y Adriana Yurcovich.
5 de fevereiro: Sin retorno, de Miguel Cohan.
6 de fevereiro: Buen día, día, de Sergio Costantino y Eduardo Pinto.

 

Estranho, demasiadamente estranho

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O caderno Ñ, suplemento de cultura do jornal Clarín, trouxe no final de semana uma matéria especial sobre o Japão, assinada pelo do enviado Hector Pavon. O texto faz uma reflexão sobre uma das maiores crises enfrentadas pelo país, que se traduz em altas taxas de desemprego, desconcerto da população jovem e uma notável mudança cultural. É tudo tão estranho e amedrontador  – como a existência de ordas de homens herbívoros, mulheres carnívoras e solteiros parasitas – que resolvi compartilhar com vocês.

  1. O jornalista diz que os jovens são a principal caixa de ressonância da larga crise do país. Com consequências trágicas. Somente em abril se suicidaram 100 pessoas por dia no Japão, a maioria homens de meia idade, seguido de jovens. Nos últimos 11 anos, 30 mil pessoas se suicidaram por ano.
  2. “Um grito de amor desde o centro do mundo” é o título da novela mais exitosa na história do Japão, com quatro milhões de exemplares vendidos. Seu autor é Kyoichi Katayama. “Al despertarme siempre estoy llorando. No es porque esté triste. Es que, cuando regreso a la realidad desde un sueño feliz, me topo con una fisura que me es imposible franquear sin verter lágrimas. Y eso, por más que me ocurra, siempre es así”. Estas são as palabras do protagonista Sakutarô, que por meio de uma voz sofrida expõe certa sensação de desassossego. “Há gritos, sussurros, vozes que pedem para ser escutadas por uma sociedade que não lhes dá ouvidos”, diz o jornalista.herb.art
  3. A crise, segundo Pavon, gerou fenômenos como hikikomoris. Normalmente jovens e homens, que se encerram em seus quartos, nas casas dos pais, e passam ali longos períodos, às vezes anos. Sentem tristeza e não têm amigos. A maioria dorme ou se atira ao longo do dia, olhando televisão, ou se concentra no computador durante à noite. No Japão, lhes chamam também de “SOLTEIROS PARASITAS”. Estima-se que haja um milhão de jovens hikikomoris.
  4. Os que não se encerram, saem às ruas com um comportamento não menos estranho: são os HOMENS HERBÍVOROS (soshokukei). São chamados assim, peloque entendi, por não estarem interessados nos prazeres “da carne”. Possuem entre 20 e 35 anos, não estudam, não trabalham, não projetam nada para o futuro. O verso da cultura yuppie dos anos 80 e 90. É isso aí, desistiram de tudo o que implique em qualquer tipo de desgaste físico ou psicológico. Ao mesmo tempo, vivem com os pais (claro), participam de comunidades virtuais pela internet e, o mais bizarro, são maníacos por salões de beleza. Cuidam meticulosamente das unhas e se maquiam. Apenas uma loja do Japão vendeu 4 milhões de sutiãs para homens. Mas não querem estar ligados às comunidades gays. Estima-se que 60% dos homens entre 24 e 35 anos sejam herbívoros.
  5. As mulheres japonesas não estão levando numa boa a indiferença dos Herbs. Em resposta ao comportamento dos Herbs, “GAROTAS CARNÍVORAS” estão tomando o problema em suas mãos, perseguindo homens mais agressivamente. Também conhecidas como “Caçadoras”, essas mulheres poderiam ser vistas como a versão japonesa das Lobas americanas.
  6. Por outro lado, há um aumento da perversão sexual, com aumento do número de sex shops que, entre outros acessórios, vendem revistas de hentai, o manga pornô. Muitas adolescente no bairro de Akihabara se vestem como personagens de manga e são o centro das fantasias sexuais de japoneses e estrangeiros.

A matéria do Clarín, está na íntegra AQUI. Também encontrei uma matéria, em inglês, no Japan Times, sobre o mesmo tema. Pra vocês verem como fiquei impressionada…

Fotos: CNN e Japan Times

La Gran Avenida, lustrando sus bronces

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Hay un dicho que afirma que a la Avenida de Mayo le diseñaran los franceses, la construyeron los italianos y la viven los españoles. Tal vez una forma de describir la europeización de la ciudad a los fines del siglo XIX. Para mí, la Gran Vía de Mayo – que recorre los dos kilómetros que separan la Casa Rosada del Congreso de la Nación – es la más hermosa de Buenos Aires. En ella están el bar los 36 Billares, la Academia Nacional del Tango, el Café Tortoni, el Hotel Chile, el palacio Barollo e mucho más.

Lamentablemente, durante las últimas décadas, la avenida cayó en una especie de abandono, de decadencia. Ahora, hay un esfuerzo en revitalizar la calle. Hasta el 18 de mayo, en esta Gran Vía porteña habrá visitas guiadas, teatro, música y otras cosillas para ver, gratis y a la luz de la arquitectura local.

Este fin de semana, habrá durante todo el día una exposición de libros incunables en la Librería El Túnel (Av. de Mayo 767) y a las 16 horas, una experiencia teatral que propone viajar 200 años al pasado y conocer la legendaria plaza (que es actual Plaza de Mayo).  También a esa hora habrá visitas guiadas y a las 19, tango en London City (Av. de Mayo 599), con entrada gratuita. En los 36 Billares (Av. de Mayo 1265), tango  Recordando a Lorca, por Inés Rinaldi y Juan Carlos Cuacci, con Facundo Guevara en percusión y Juan Pablo Navarro en contrabajo.

Programación completa en: http://estatico.buenosaires.gov.ar/areas/turismo/imagenes_agenda/gran_via_es.pdf

Sitio con la historia de la avenida:

 http://www.avenidademayo.com/avenida/av_home.htm

Viva a diversidade!

 

 

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Aqui pode dançar homem com homem e mulher com mulher. Começou esta semana o Festival Internacional de Tango Queer. Segundo o site do evento (www.festivaltangoqueer.com.ar), o termo “queer” significa “raro”, “extraño”, en el sentido de “lo que está fuera de la norma”. Cada um baila com quem esta a fim e estamos combinados. A proposta é aberta a todas as pessoas que apóiam e promovem a diversidade. O tango em seu início, no século XIX, era dançado apenas entre homens, é bom que se recorde.