Anfibia: nova revista na área

Outro bom texto é Mientras el Diego duerme, sobre um famoso cabaré de Buenos Aires

De vez em quando tem boa notícia para jornalistas, como a revista digital  Anfibia, lançada esta semana em Buenos Aires. Alem de experimentar, a publicação vai falar sobre a América Latina. Maravilha.

É uma nova proposta para a narração de histórias jornalísticas e relatos de não ficção, que promete mesclar os discursos da teoria e da análise com as novas narrativas.

Algumas cronicas são, inclusive, elaboradas a quatro mãos, por profissionais que representam os dois perfis: cronistas e acadêmicos.

Um belo exemplo é o texto sobre os NAO-ALINHADOS da Venezuela.

Existen los chavistas, los antichavistas y un tercer grupo, el más numeroso, el menos conocido, el que definirá las elecciones presidenciales de octubre: los “no alineados”. Como Marielena, que votaba por Chávez, pero ahora no sabe.

Que esté desilusionada de su presidente no significa que haya cruzado la frontera hacia otro planeta. De hecho, está en su propio territorio: el de los no alineados, como a veces llaman a los venezolanos que no se autodefinen ni chavistas ni opositores. El de Marielena es un territorio superpoblado donde habitan, según las encuestas, un tercio de los venezolanos. Unos nueve millones de una Venezuela de veintisiete millones de habitantes, donde el promedio de edad, según el último censo de 2011, es de veintiséis años. Un territorio joven, como la chica costeña de cintura desdibujada.

Texto de : Liza López John Magdaleno, completo AQUI. 

O lançamento conta com “pesos pesados” da narrativa latino-americana, como Juan Villoro, Martín Caparrós e Alberto Salcedo Ramos, além de um bom grupo de  fotógrafos e colaboradores.

A publicação foi criada pelo “Programa Lectura Mundi de la Universidad Nacional de San Martín – UNSAM, com o apoio da “Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano” (FNPI). E já vai promover sua primeira atividade, o Taller Anfibio: Adentro, al borde o afuera: Crónicas de la diversidad juvenil en América Latina, de 6 a 10 de junho.

A atividade será conduzida por Francisco Goldman, jornalista, e Rossana Reguillo, investigadora em antropologia social.

Hoje faz 14 anos do assassinato de Cabezas

Hoje faz 14 anos que mataram o fotógrafo argentino José Luis Cabezas. Ele foi brutalmente assassinado em 25 de janeiro de 1997 na cidade de Pinamar, um dos balneários mais exclusivos da província de Buenos Aires. Trabalhava na época para a revista Noticias e estava cobrindo a temporada nas praias da região, que costumam ser freqüentadas por políticos, empresários e atores.

Numa madrugada seu corpo foi encontrado carbonizado e com dois tiros na cabeça, dentro do carro, numa vala a 11km da cidade.

Em homenagem a Cabezas, se comemora em 25 de janeiro o dia do Reportero Gráfico na Argentina.

A história desse crime absurdo foi tema de uma coluna minha no ano passado, no Cartas de Buenos Aires, no blog do Noblat.

Se alguém não leu…está AQUI.

Há muita informação sobre o andamento do caso no site Impunidad.com e na Fundação Cabezas.

Hay vida aquí afuera

Adorei essa campanha! Salve um periodista!

Movimento organizado. Tem até camiseta!

Via http://paperpapers.blogspot.com/, um ótimo e crítico blog sobre os meios de comunicação.

Últimas homenagens

Última foto do escritor, feita pelo filho Gonzalo Martínez

Os jornais de fim de semana trouxeram cadernos especiais sobre Tomás Eloy Martínez, a começar pelo Página 12, que apresentou na capa da RADAR a última foto do escritor, feita pelo filho Gonzalo Martínez, que é fotógrafo.

O La Nación dedicou o ADN Cultura desta semana a Martínez.

Deixo aqui os links, para quem quiser ler uma pouco mais sobre o autor de Lugar Comum la muerte, inclusive um texto do jornalista gaúcho Antônio Araújo, que conheceu pessoalmente o escritor durante um curso em Buenos Aires.

No texto, publicado no jornal Zero Hora, Araújo relata um encontro entre Martínez e o tanguero Luis Cardei, que mais tarde seria usado pelo escritor como modelo para o romance O Cantor de Tango.

RADAR  – PÁGINA 12

ADN – LA NACIÓN

ZERO HORA

Caramba! Tem tudo a ver com ser modelo!

Essa nota eu encontrei no blog da jornalista Marta Barcelos. É uma nota tão absurda, da Veja, que acho que a Marta não vai se importar que eu reproduza aqui.

coleguinha001_1_2

Imperdible para periodistas!! Inauguración mañana, el martes, a las 18

rodolfo_walsh

La Televisión Pública, la Facultad de Periodismo y Comunicación Social de la Universidad Nacional de La Plata y el Archivo Histórico del Instituto Cultural de la Provincia de Buenos Aires, presentan “Rodolfo Walsh, la sublevación de la palabra”, una muestra en homenaje al periodista, escritor y militante, que recorre momentos destacados de su vida y su obra. La exposición será inaugurada formalmente mañana, a las 18, con un acto en el que se celebrará el Día del periodista. Puede visitarse, hasta el 12 de junio, en Canal 7 (Av. F. Alcorta 2977, Ciudad de Buenos Aires). Todos los días de 9 a 19.

Rodolfo J. Walsh nació en 1927 en la provincia de Río Negro. Fue escritor, periodista, traductor y asesor de colecciones. Su obra recorre especialmente el género policial, periodístico y testimonial, con celebradas obras como Operación Masacre y Quién mató a Rosendo. Walsh es para muchos el paradigmático producto de una tensión resuelta: la establecida entre el intelectual y la política, la ficción y el compromiso revolucionario. El 25 de marzo de 1977 un pelotón especializado emboscó a Rodolfo Walsh en calles de Buenos Aires con el objetivo de aprehenderlo vivo. Walsh, militante revolucionario, se resistió, hirió y fue herido a su vez de muerte. Su cuerpo nunca apareció. El día anterior había escrito lo que sería su última palabra pública: la Carta Abierta a la Junta Militar. La muestra está organizada en imágenes y textos de gran formato, montados en paneles. También se exhiben objetos, fotografías inéditas, revistas en las que colaboró y libros.

operacion_masacre

Será inaugurada amanhã, aqui em Buenos Aires, uma mostra em homenagem ao jornalista Rodolfo Walsh. A iniciativa faz parte das comemorações do Dia do Jornalista na Argentina, que é celebrado em 7 de junho. No Brasil, pouco sabemos deste argentino, um dos grandes personagens do século passado em nosso continente. Sua obra não foi traduzida para o português. O principal livro de Rodolfo Walsh, Operación Massacre, é um trabalho de jornalismo-literário produzido muito antes deste gênero tornar-se coqueluche nos Estados Unidos, o que viria a ocorrer nos anos 60. Nesta obra, o escritor relata as descobertas que fez, atuando de maneira clandestina, sobre um fuzilamento em massa na região metropolitana de Buenos Aires, ordenado pela junta militar que golpeou a Argentina em 1955. Walsh, que foi guerrilheiro da organização de origem nacionalista e peronista Montoneros, nos anos 70, morreu assassinado pela ditadura militar de Vidella (1976-1983), numa emboscada traiçoeira, um dia depois de divulgar a “Carta aberta de um escritor à Junta Militar”, um documento que pela sua importância histórica deveria ser distribuído em todas as escolas do continente, para que nos lembremos diariamente do horror e da infâmia.

Há um excelente texto sobre ele, em português, no site: http://www.overmundo.com.br/overblog/em-memoria-de-rodolfo-walsh

“Carta aberta de um escritor à Junta Militar” pode ser lida AQUI

Outras informações, em espanhol, em http://www.rodolfowalsh.org/