Baires celebra Armênia!

Delícias

Até vir morar aqui eu não sabia, mas Buenos Aires tem uma grande colônia armênia – cerca de 150 mil pessoas.

Esse grupo étnico se diferencia de outros grupos de imigrantes que chegaram na Argentina não só pelo volume de pessoas (nesse caso menor, é claro), mas também pelo contexto histórico.

A maioria estava fugindo do Genocídio Armênio de 1915 (um conflito que, confesso, não me atrevo a explicar em poucas linhas. Sigam o link!).  Vinham, em geral, da Síria e Líbano, e se instalaram no bairro de Palermo e arredores.

Tinha escrito antes aqui que os armênios tinham origem asiática, mas uma leitora, a Beatriz Galvão, me fez uma correção: a Armênia é considerada européia, assim como o Azerbaijão, país vizinho. Mesmo eles estando em área que consideramos Ásia.

Amanha, sábado, acontece o evento Buenos Aires Celebra Armênia, na Avenida de Maio, pertinho da Casa Rosada.  Estão programadas apresentações culturais, feirinha de artesanato e, claro, muito da comidas típicas.

Buenos Aires tem 18 restaurantes armênios segundo s Guia Óleo. A título de comparação, dizem que em São Paulo, por exemplo, só tem um, o  Casa Garabed. Não sei muito bem a diferença na prática, entre a comida armênia e o que a gente chama no Brasil de comida árabe. Ou é a mesma coisa? Gostaria muito que alguém me explicasse e que ninguém se ofendesse pela minha ignorância.

Em Buenos Aires, sempre que se fala nesse assunto, o restaurante mais lembrado, o top, top, top da lista é o SarkisE não é para menos. É a melhor comida armênia, disparado. Outro bom é o Viejo Agump, que fica na rua Armênia, 1382, ao lado do Clube Armênio (leia-se La Viruta).

Buenos Aires “Underground Market”

As fotos são da feira de San Francisco

Programaço alternativo para sábado: Buenos Aires vai sediar, pela primeira vez, uma feira chamada “The Underground Market”, criada nos moldes da existente em San Francisco, nos Estados Unidos. O nome do evento é em inglês e o modelo é americano porque a organização é do The Argentine Independent, um jornal feito na Argentina para expatriados de língua inglesa.

Pelo que entendi a feira é basicamente gastronômica. Abre espaço para que locais e estrangeiros que tenham alguma produção, ou dotes culinários, venderem seus produtos. Eles prometem de tudo: de marmeladas à “charque” da África do Sul.

O lugar da feira, por si só, já merece uma visita: se chama IMPA e é uma antiga fábrica de alumínio que quebrou durante a crise de 2001. Com a resistência dos trabalhadores e o apoio da comunidade voltou a funcionar, hospedando também um centro cultural alternativo. Bem alternativo, para ser mais clara. 

Mais informações na página do evento no Facebook.

As entradas custam 10 pesos, ou a metade para quem comprar com antecedência pelo email events@argentinaindependent.com

A feira vai das 12h às 17h e o endereço é  IMPA la Fábrica (Querandíes 4290, Almagro)

PS: Edu, esta feira é para você, que achou a Buenos Aires Market muito “macrista” .

E como aqui tudo acaba em tango (e não em pizza), que quiser já faz um tempo e fica para a milonga que rola mais tarde.

Para “entender” a carne argentina

O blog Direto de Buenos Aires publicou hoje um post explicando os principais cortes da carne argentina, com seus equivalentes no Brasil.

Achei interessante porque é uma coisa que sempre me perguntam e nunca sei responder com segurança.

Tapa de cuadril, por exemplo, é a versão argentina da picanha.

Então, carnívoros, o lugar de vocês é AQUI.

Comedoria popular: para matar as saudades do Recife

Delícia!

Este fim de semana recebi dois presentes que são uma delícia.

Primeiro, conheci a Renata Gamelo, uma pernambucana de carteirinha, daquelas que falam “pra tu”, super agitada, conversadora. Está em Buenos Aires pesquisando o design local.

Como se uma nova amizade não fosse regalo suficiente para um dia, ela me deu um livro chamado Comedoria Popular – Receitas, Engenhos e Fazendas de Pernambuco, de Ana Cláudia Frazão.

A obra esmiúça a culinária de um dos mais importantes capítulos da história brasileira, o Ciclo Açucareiro, em especial o da cultura gastronômica dos engenhos pernambucanos e as particularidades dos cardápios das fazendas, com algumas das receitas que fazem parte do Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado.

A primeira parte do livro apresenta dez engenhos e a peculiaridade gastronômica de cada um. A segunda, traz as receitas. Para a gente, que está longe, poder matar as saudades de um camarão ao molho de coco e queijo coalho, por exemplo (tem tudo no Bairro Chino, sem desculpas!).

O livro traz ainda a escala cromática das receitas constando o valor nutricional de cada preparação, testadas em uma cozinha experimental e ilustradas.

Este é o segundo livro de Ana Paula, que lançou em 2008 o “Comedoria Popular – receitas, feiras e mercados do Recife”, que já vendeu mais de 8 mil exemplares.

Deixo vocês com uma receita perfeita para o inverno que está chegando: creme de macaxeira com charque. Mais fácil impossível.

CREME DE MACAXEIRA COM CHARQUE

½ kg Macaxeira
½ kg Charque
1 ½  cebola
2 dentes de alho
1 pitada salsinha
1 pitada sal

Descasque a macaxeira e cozinhe com uma cebola inteira e o 1 dente de alho. Bata no liquidificador  a macaxeira, com a própria água e a cebola e o alho. Reserve.
Corte em pedacinhos a gordura da charque e leva ao fogo. O restante da carne escalda para tirar o sal e cozinhe na pressão por 15 minutos. Depois desfia a carne e frita na gordura da própria carne, com a ½ cebola e mais um dente de alho.
Misture o creme de macaxeira com a charque e leve ao fogo  mexendo por 15 minutos. Adicione a salsinha para finalizar.

Quer saber de onde vem essa receita? O mapa segue abaixo:

PS: O Edu já está lá no fogão!

Delícia em San Telmo: El Refuerzo

Esse achado está numa das ruas mais tranqüilas de San Telmo e é uma delícia para início de noite. Fica em Chacabuco, bem em frente ao edifício Casal de Catalunya e ao teatro Margarita Xirgu.

O lugar é super pequeno, um mini bodegón, com paredes verdes e vermelhas, umas poucas mesinhas antigas de bar, portas e janelas de vidro e um velho mostrador de armazém antigo.

Resumo: simples e charmoso.

Nessa época do ano, melhor chegar cedo e sentar nas mesinhas do lado de fora. No inverno, correndo para dentro!

Um dos fortes da casa são as picadas, com artigos de excelente qualidade e paes caseiros. Mas há também pratos como “fusilis al fierrito con sartén de jamón crudo, champiñones, tomates secos y arvejas” e “carré de cerdo con crocante de hierbas, puré de papas, hongos y vegetales”. Isso sem falar nos sanduíches gigantes.

Tudo delícia.

El Refuerzo, anotem o endereço: Chacabuco, 872

Crítica na Guia Óleo AQUI. 

O BBB dos bistrôs, agora on line

Alex, estamos com saudades!

Alex, estamos com saudades!

O Alex Herzog é uma figuraça, que conheci por acaso, como sempre acontece com as pessoas mais interessantes que cruzam na minha vida.

É chef, fotógrafo, avô. Não sei se nessa ordem. E autor da série BISTRÔS, onde comer bem, bacana e barato, que reúne duas de suas grandes paixões: a fotografia e a gastronomia. Os netos me parecem que ficam correndo em volta…

Pois bem, hoje ele estréia a versão on line desse projeto. A partir de agora será possível consultar parte das informações que estão nos livros Bistrôs de Buenos Aires e Bistrôs de Paris, além de dicas novas, de outras cidades.

Para saber mais, é só clicar AQUI.

Para completar, o Bistrôs parece que chega também com vídeos “maneros”.

O Alex também inaugura dia 22, em seu restaurante, o IN HOUSE, no Rio de Janeiro, uma exposição de fotos sobre a região da Provence, na França. Todos os cliques foram feitos com Iphone.

Está tudo lá no blog, bem explicadinho!

Chocolate com tradição

  Foto Gisele Teixeira

Foto Gisele Teixeira

Dadi e Federica Marinucci são mãe e filha. E as criadoras de Vasalissa Chocolatier, um empreendimento que segue a tradição familiar, já que o pai de Dadi, de origem russa, teve uma fabrica de caramelos e chocolates na Romênia e foi o criador do famoso Cabsha, na Argentina.

A loja da Recoleta lembra as casas de chocolate de Paris, que expõem seus produtos como se fossem jóias.

É um verdadeiro desafio escolher entre as 35 variedades de trufas e bombons disponíveis na Vasalisa. Chocolate belga combinado com laranjas cristalizadas, lima, champanhe e cassis, entre outros.

Minhas delícias preferidas são umas trufas de chocolate branco com frutas vermelhas e água de rosas (esta elaborada com pétalas do próprio jardim das proprietárias).

Detalhe nada positivo: são caros! É para darse un gusto bem de vez em quando.

Há quatro lojas na cidade: Juan Segundo Fernández 59 (San Isidro), Alvear 402 (Martínez), Vuelta de Obligado 1812 (Belgrano) e Av. Callao 1940 (Recoleta).

http://www.vasalissa.com

Atualizações gastronômicas: La Morada

As fotos são de buenosaires.for91days.com

Descobri esse cantinho por acaso, no centro de Buenos Aires, a uma quadra da Avenida de Mayo e do café Tortoni.

É um bar super pequeno, freqüentado por habitués e trabalhadores do bairro, que vende basicamente empanadas e pratos criollos (guisos e lentejas).

As empanadas são uma delicia – ao meio dia tem fila na porta-, mas o que chama a atenção mesmo é a decoração.

São centenas de fotos, cartazes, garrafas e colecoes de tudo o que você possa imaginar – de envelopes de figurinhas a super-herois. Bonecos do Pluto e Topo Gigio mesclados com discos de Los Panchos, latas de biscoitos e até um semáforo de verdade. Em verde, claro!

Há mais fotos AQUI. Hipólito Yrigoyen 778.

Mais de 10 sabores de empanadas!!!

Cada vitrine guarda uma coleção

Buenos Aires Gluten Free

Essa lista abaixo consegui no site BUENOS AIRES FREE TOUR e me pareceu por bem replicá-la. Um dos meu preferidos da lista é o Tea Connection. Me chamou a atenção o fato de parrillas como Fervor (foto abaixo) oferecerem menus glúten free. Diez puntos!!

 

CENTRO

SATTAVA -9 am to 1 am- 446Montevideost.

COMER EN COMPAÑÍA – 7 am to 7 pm- 951 San Martin st

ALMAZEN -just lunch- 854 Diagonal Norte Ave. (mention BA Free Tour and get a 10% off)

SMART DELI -just lunch-333 Cordoba Ave

FLY NATURAL BAR -just lunch- 707Uruguayst.

Sr PATATA  – 856 Reconquista st.

PALERMO

CELIGOURMET — 1633Thamesst

KENSHO -lunch and dinner- 5783El Salvadorst

TEA CONNECTION -8 am to 0- 3550 Cerviño st

AREVALITO – all day- 1478 Arevalo st

100% NATURAL -lunch- 2042 Bulnes st

RECOLETA

TEA CONNECTION -lunch and dinner- 1597 Uriburu st

SANAA -9 am to 8 pm-1883 Alvear Ave

NATURAL DELI -all day- 1672 Laprida st

CORAZON de MELON -9 am to 7pm- 1008 Uriburu st

 Fine Dinning:

La Mansion (Four Season hotel) 1455 Cerrito Ave

Duhu Restaurant (Hyatt hotel) 1661 Alvear Ave

Fervor, 1519 Posadas st

Crizia, 5143 Gorriti st

Guido, 3943 Cerviño blvd

Moreno, 372 Moreno st



Atualizações gastronômicas

Faz tempo que não escrevo um post sobre gastronomia. Então vamos lá, para os meus novos xodós

La Olla de Félix – Este é um pequeno bistrô frances que fica na Recoleta, a alguns passos de Santa Fé. O lugar é uma graça (mais lindo que na foto)! O menu varia diariamente, mas há sempre seis opções entre carne, pasta, peixe e um prato vegetariano. Recomendo provar qualquer um dos risotos do dia. Felix Rueda, o chefe, está sempre pelo salão vendo se está tudo ok e é divertidíssimo. Como o lugar é pequeno, à noite é imprescindível fazer reserva. A crítica da Guia Óleo está AQUI.

Juncal 1693, Recoleta. Tel: 4811-2873

Café San Juan – Onde os chefes comem quando não estão em seus restaurantes? Muitos deles no Café San Juan, outro bistro portenho que descobri recentemente por dica do Alex Herzog, autor do livro Bistrôs de Buenos Aires. É de comer ajoelhado agradecendo aos deuses. A casa fica em San Telmo e as críticas dos frequentadores estao AQUI. 

Recentemente, o chefe  do San Juan, Leandro Cristoball, o Lele, começou a contar seus segredos numa espécie de reality show, no canal Utilíssima, com comentários de Narda Lepes. Aqui em casa tá todo mundo viciado! Deixo vocês com um dos episódios.
San Juan, Av. 450, San Telmo. Tel: 4300-1112

Não consegui incluir o link direito, vai assim mesmo:
http://www.utilisima.com/videos/?bcpid=53440053001&bckey=AQ~~,AAAAATgD8jE~,LwFZYmtCKJ-DoJyDytBS7nGmo3hOJ_EI&bctid=812528428001