Tudo dança, em uma casa em mudança (Leminski)

Tchau estante laranja!!

Não tem nada no lugar aqui em casa.

Pela primeira vez, em três anos, todos os livros estão sendo retirados (e não apenas espanados) para que a estante ganhe nova cor. Por enquanto, secret! Vai depender de como ficar…

A parede da sala de jantar também já tem nova – e ousada pintura: cinza. Amei.

Deu um super trabalho, porque a parede tem mais de 4 metros de altura e estava muito feia. Aprendi com o Edu: passar massa corrida onde precisa, deixar secar, lixar, passar fixador, isolar os rodapés e partes que não serão pintadas com fita azul e só depois começar a parte boa que é ver a parede mudar completamente de astral. Podem me contratar!

Para completar, estamos sem sofá e sem cadeiras para a mesa de jantar. A mesma cadeirinha que uso para escrever arrasto pela casa quando preciso usá-la com outro fim. Fase!

Mas ontem, a partir do olhar mágico do meu arquiteto para encontrar coisas no lixo, descobrimos quatro cadeiras jogadas num depósito e vamos estofá-las para que fiquem lindaassss! Me estresso um pouco porque sempre quero para ! Mas tá quase.

Enquanto isso, me inspiro e viajo especialmente em um blog argentino de decoração, para casas de gente “normal” , que compartilho com vocês: Casa Chaucha. É para ficar horas espiando tudo.

O brasileiro DCoracao também tem muita coisa.

“Ao construir uma casa ou decorar um cômodo, as pessoas querem mostrar quem são, lembrar de si próprias e ter sempre em mente como poderiam idealmente ser. O lar, portanto, não é um refúgio apenas físico, mas também psicológico, o guardião da identidade de seus habitantes.”  A arquitetura da felicidade, de Alain de Botton

Cartas de Baires: O real valor desta cidade

Turistas brasileiros em Buenos Aires têm reclamado que está tudo mais caro por aqui. E está mesmo. Muito mais. Quando cheguei à Argentina, há três anos, por exemplo, o trajeto do aeroporto de Ezeiza para a cidade custava 80 pesos. Agora são 200 pesos.

É o primeiro choque que o sujeito tem quando sai do avião. Mas há outros. A inflação é um dos principais problemas a ser enfrentado pelo atual governo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INDEC) prevê para este ano uma inflação de 9,8%. Mas todos sabem que a alta do custo de vida é muito mais veloz do que a divulgada pela Casa Rosada. Economistas privados falam em 25%. Para os curiosos, sugiro espiar o site Inflación Verdadera, que publica diariamente os preços de 150 produtos.

Na realidade não precisa de índice. Reconhecido como um dos serviços mais baratos da capital portenha, o táxi é apenas um dos exemplos de como a cidade tem ficado mais cara. Foram dois aumentos pesados somente no ano passado. Hoje, para calcular uma corrida, o ideal é consultar antes o blog Viajo en Taxi. O bife de chorizo também ficou salgado (nãomenos de 60 pesos) e valor dos alugueis temporários dispararam.

A boa notícia é que os brasileiros agora podem relaxar, deixar um pouco as compras de lado e realmente curtir a cidade, que oferece um monte de atividades gratuitas(ou quase) e está de matar de linda no Outono.

Caminhar pelos parques nesta época do ano, admirando esculturas de grandes artistas, Rodin inclusive, é uma das melhores pedidas. Entrar em qualquer museu nacional, como o de Belas Artes, recentemente reformado, também não custa nada.

Assim como passear por Puerto Madero ou Corrientes no final da tarde ou ver um show de tango na rua. Ah, todos os museus do Governo da Cidade, como o Carlos Gardel ou o de Cinema, custam somente um peso, menos de 50 centavos de Real.

O city tour tradicional também pode ser substituído por uma voltinha no ônibus 152, que atravessa Buenos Aires, de La Boca a Olivos, passando pelos principais pontos turísticos. A passagem custa um peso e vinte centavos! E, de lambuja, o visitante pode ter uma ideia de como é a vida real dos moradores.

Há visitas guiadas gratuitas oferecidas pelo governo da cidade todos os dias, excelentes exposições de fotografia na fotogaleria do Teatro San Martin e concertos de música em diversos centros culturais, como o da Recoleta, que tem apresentações de orquestras de câmara todas as quintas-feiras.

O Teatro Colón também tem uma agenda de espetáculos que não custam nada, basta conferir a programação. Uma boa dica para quem quer gastar pouco é checar o site Grátis em Buenos Aires. 

Espero que a inflação ajude a corrigir um pouquinho o rumo do turismo brasileiro em Buenos Aires, que estava exacerbadamente consumista. Nada contra comprar um “regalo”, mas enfrentar uma fila na Lacoste ou se engalfinhar para comprar um rímel da MAC não pode ser motivo de viagem.

Ou pelo menos não de uma viagem a Buenos Aires. Se não der para corrigir este rumo, só corrigindo o outro. E comprando uma passagem para Miami.

Texto integral no Noblat, AQUI. 

Cartas de Baires: Na fotografia, estamos, felizes

Abril é um dos meses mais lindos de se viver em Buenos Aires. A cidade tem uma luz de outono, ainda não está fazendo aquele frio danado e a gente pode desfrutar de um dos eventos mais interessantes do calendário cultural argentino: o Bafici.

É um festival de cinema independente que este ano apresenta 449 filmes de 52 países, com 300 diretores convidados. Quase todas as películas são de diretores que a gente nunca ouviu falar.

Não há garantias de satisfação, apenas o convite à pura aventura de encontrar algo que não pensávamos, bem no lugar onde não tínhamos ideia de que isso podia ocorrer.

Foi isso que me aconteceu. Fui ver um filme lá no bairro do Abasto e saí na cidade universitária de Camobi, em Santa Maria da Boca do Monte.

Tudo começou com o documentário Photographic Memory, de um americano chamado Ross McElwee.

A história é a seguinte: um pai, após perder um pouco do contato com o filho logo que ele entra na adolescência, resolve voltar, 35 anos depois, ao interior da França, onde esteve trabalhando como fotógrafo quando era jovem.

Ele viaja na tentativa de lembrar “como era quando tinha 20 anos e a vida inteira pela frente” e, assim, quem sabe, entender o filho e poder retomar algum vínculo com ele. Leva na bagagem fotos e anotações feitas na época. No caminho, encontra pessoas do passado e descobre que a memória que uma pessoa tem de um fato nem sempre coincide com a memória do outro.

O filme é simples e lindo. E me tocou especialmente porque semana passada aconteceu, no Rio Grande do Sul, a primeira reunião da minha turma de faculdade após 22 anos de formados. Infelizmente não pude comparecer, mas a magia do cinema trouxe colegas e professores até aqui.

Saí da sala me perguntando como seria pisar de novo no espaço que me apresentou o mundo?

Foi lá na Faculdade de Comunicação que descobri que existia uma coisa chamada política, li Raduan Nassar pela primeira vez, fiquei fascinada vendo as imagens surgirem no papel fotográfico, passei noitadas escutando Lobão, sofri ressacas de vinho barato, descobri o amor, comecei a escrever. Era toda uma promessa de futuro para uma menina de 16 anos vinda lá de Caçapava do Sul.

Não sei como seria pisar lá de novo. Não fui.

Mas uma das imagens que mais gosto daquela época é esta abaixo, onde todos nós parecemos estar fazendo um exame de amígdalas, com cortes de cabelo horríveis e combinações de roupas que deveriam ser proibidas. Super anos 80!

Estávamos celebrando o resultado de uma feira do livro que organizamos e na qual conseguimos levar à cidade, como homenageado, o grande Caio Fernando Abreu. Ótimo presságio!

Espero que ninguém fique chateado de ver essa foto pública. Foi a minha forma de homenagear a todos, assim, à distancia. De dizer que tenho saudades, que senti muito não poder reencontrá-los e que nunca uma frase do Chico me caiu tão bem num título.

Está justo numa música chamada Anos Dourados.

Moda atrai moda

Paparazzis!

Ontem, passeando com Paula Pfeifer, do blog de moda Sweetest Person a gente foi parada pelos meninos do Cool Hunting, da revista Ohlalá, que buscam os looks mais bacanas da cidade. Uau!!

Microfone em punho a gente tinha que dizer as marcas das roupas que estava usando…meio nada a ver isso, mas a gente aproveitou para se divertir. Eu com um vestidinho ainda da época de Brasília (isto é, pelo menos tres anos velho…que nem marca tinha mais…).

Com o calor que estava fazendo, nao sei se deu para manter a elegancia, mas o inusitado pelo menos garantiu risadas pelo resto do dia.

Aguardemos os acontecimentos!

 

 

Ohlalá!!!

Qual o melhor sorvete de Buenos Aires?

Capa do livro Heladerias de Buenos Aires, de Horacio Spinetto

Em Buenos Aires tem um tema que no verão leva a debates tão calorosos como a política e o futebol: o sorvete!

Apenas na capital são mais de 3.000 sorveterias, o que faz com que esta mistura de sabores com leite, água ou creme seja considerado um clássico portenho.

Freddo, Persicco, Chungo, Volta e Munchi’s são as principais cadeias, estão por todo o lado e fazem uns sorvetes super deliciosos.

Mas há um mundo por descobrir que vai além das grandes. Cada bairro tem a sua sorveteria e seu publico fiel.

A paixão vem de longe. Dizem que já se tomava sorvete em 1845 e que até a instalação da primeira fábrica de gelo, em 1860, os sorvetes eram preparados com gelo vindo dos Estados Unidos em navios, que depois eram acondicionados na geladeira do velho Teatro Colón, abaixo do setor de platéias.

A sorveteria mais antiga ainda em funcionamento é a El Vesuvio (Corrientes 1181), inaugurada em 1902 e que, como quase todas as pioneiras, chegou pelas mãos de imigrantes italianos que trouxeram na bagagem receitas familiares secretas.

Na época, duas pessoas giravam uma manivela por cerca de 1h45 para preparar a mistura. A Vesúvio é mencionada inclusive no tango La Ultima Grela, de Horacio Ferrer, musicado depois por Piazzolla.

A super equipe da Laponia!

Uma das mais famosas de Buenos Aires, no entanto,  foi a Laponia, cujos vendedores, vestidos de branco, percorriam a cidade em bicicleta e triciclos na pré-historia do delivery. A empresa chegou a ter 1.800 empregados e 100 sucursais na década de 1930!

A melhor sorveteria é a que está perto de casa ou tem delivery!

A fidelidade é tema serio quando se falaem sorvete. A Freddo, exemplo, tentou se instalar em Villa Devoto e foi obrigada a fechar as portas. Os vizinhos fizeram bloqueio para prestigiar a Monte Olivia, um clássico do bairro que teve, entre seus freqüentadores, o grande Ernesto Sábato.

Isso não quer dizer que as cadeias também não tenham seus fãs. Das cinco maiores, três devem sua existência a um mesmo italiano, Luigi Anversa, e seus descendentes: a Persicco, a Freddo e a Volta, mas a única que não trocou nunca de dono foi a Chungo. Completa a lista de grandes a Munchi’s, que trabalha somente com leite de vaca da raça Jersey.

Tanto mercado gera extravagâncias, como a Sorveteria Zen, que oferece sabores como Crema Feng Shui (receita secreta) ou misturas estranhas como sorvete de soja, chá verde e sésamo, de queijo com batata doce, de Malbec, de Quilmes e até de caipirinha! E boas especificidades, como a sorveteria Tutim, a primeira a oferecer sorvete kosher, além das casas para diabéticos e celíacos.

Duas coisas, no entanto, são indiscutíveis. A quantidade (quatro litros de sorvete por ano por habitante), e o sabor preferido da galera, o doce de leite, em diferentes versões.

Se apertar a dor na consciência, apele para a desculpa dos argentinos. Eles dizem que o “helado es bajativo”, isto é, ajuda na digestão!

E, muito importante: não esqueçam que sorvete em espanhol é helado. Quem pedir sorvete pode levar para casa um canudinho!

Busca de sorveterias, com preco por quilo: Heladopedia!

En la terraza

Um pouco de música para receber 2012 com buena onda.

Vejam só que boa essa idéia: o projeto chama-se En la Terraza e é um catalogo audiovisual de bandas e solistas tocando ao vivo em diferentes terraços de Buenos Aires. Gravado e filmado em HD (alta definição), as bandas gravam um mini recital, sem publico, e cada nova canção é estreada no sitio www.enlaterraza.com e nos canais criados em facebook, vimeo e youtube.

A proposta não é nova. Como os próprios meninos alertam, os Beatles tocaram em terraços durante as famosas Let it Be Sessions e antes deles o nosso grande Robertao gravou um show no último andar do edifício Copam, em São Paulo. Desde então, centenas de bandas seguiram este caminho.

La terraza es un escenario único, un lugar secreto pero no del todo inaccesible. Una banda en la cima de un edificio está completamente expuesta y al mismo tiempo un poco escondida. El único testigo invitado a cada show es el ojo de las cámaras registrándolo todo, y algunos vecinos curiosos llamados a asomarse desde los balcones aledaños. En la terraza no es una sola sino todas las terrazas, y cada una cambia según la hora, el día, las nubes, el sol, la estación del año y la música. En la terraza te invita a ver y escuchar (o a escuchar viendo) versiones originales de artistas que ya conocés y a descubrir otros nuevos. Shows en vivo en intimidad

Então tá.

Cartas de Baires: A árvore que também é musa

Publico abaixo a coluna Cartas de Buenos AIres, que sai sempre às terças-feiras, no Blog do Noblat.

Buenos Aires abusa na primavera. Não bastassem os jacarandás carregados, e a possibilidade de comprar um ramo de jasmins em cada esquina, nesta época do ano a cidade está tomada por um dos meus aromas prediletos: o da flor de tilo (ou tília, em português).

A árvore que dá essa florzinha miúda é a quinta mais freqüente dentre as cerca de 500mil da capital argentina e, talvez por isso seu aroma esteja instalado na minha memória como o cheiro de Buenos Aires.

É uma planta de grande porte, pode atingir mais de 40 metros de altura, símbolo da amizade e da fidelidade, e considerada sagrada pelas antigas civilizações, que lhe atribuíam qualidades protetoras e várias lendas associadas.

A mais conhecida delas está ligada à mitologia. Conta-se que Cronos, o deus Saturno dos romanos, se apaixonou e seduziu Filira, ninfa de uma extrema beleza, filha do Oceano e de Tétis. Acontece que ele tinha uma esposa, Reia, que não gostou nada dessa história. Um dia, para não ser apanhado em flagrante de adultério, Cronos transformou-se num cavalo.

Tempos depois, Filira teve um filho, metade humano, metade cavalo, a quem chamaram Quíron. Desesperada por ter um filho centauro, a ninfa o abandonou. Os deuses a transformaram numa tília, a árvore que dava flores e folhas medicinais.

Além de histórias assim, a tília tem um monte de propriedades medicinais e uma excelente madeira. É composta quimicamente de óleo essencial, flavonóides mucilagem, ácidos fenólicos, taninos, manganês e vitamina C.

Seu chá, feito das flores secas, é utilizado para todos os problemas “dos nervos”. Depressão, insônia, estresse, esgotamento. Também constitui um excelente sudorífico, muito recomendado em estados febris. É ainda útil no alívio de dores de cabeça e insônias e digestões difíceis. Importante: não pode ser usado por gestantes e lactantes.

Aqui em Buenos Aires, o restaurante Tea Connection serve uma infusão aromatizada com tília, laranja e maracujá que é uma delícia e manda a gente direto para a cama.

Procurando informação para esta coluna, descobri no blog O Baú da História que estou super bem acompanhada na minha paixão por esta flor.

Goethe, em “Os infortúnios do jovem Werther”, faz enterrar o seu personagem principal debaixo de uma tília. Schubert, no seu ciclo” Winterreise”, (Viagem de Inverno) de 1827, compôs  “Der Lindenbaum” (A Tília). Homero, Plínio, Horácio e Heródoto também escreveram sobre esta árvore e as suas virtudes.

Para ficar aqui mais pertinho, a tília também foi tema de soneto de Florbela Espanca e título de livro do argentino Cesar Aira.

Cartas de Baires:Táxi!

Dois taxistas reanimaram minha fé na humanidade recentemente. Por isso a coluna Cartas de Buenos Aires de hoje é sobre eles. Com ou sem aumento da bandeirada. O texto original, no Noblat, está AQUI. 

Achei essa foto na internet e adorei!

Era quase meia noite quando tocou o interfone aqui em casa. Meu primeiro impulso foi não atendê-lo. Afinal, numa hora dessas, quem podia ser? A curiosidade venceu, ainda bem.

Era o motorista de um taxi que havia tomado no dia anterior, entregando os sapatos de tango esquecidos no banco de trás do carro. Economia: 400 pesos. Fiquei super feliz e quis lhe dar uma “recompensa”, mas ele não aceitou.

Uma semana depois, o Edu, meu companheiro, esqueceu uma porção de exames pré-cirúrgicos em outro taxi. Enquanto nos lamentávamos por possivelmente ter de adiar a operação que ele faria, plim, toca o interfone. Outro motorista que voltava. E, novamente, recusava a famosa propina.

Buenos Aires tem cerca de 38.400 licenças para taxi. Isso significa que há aproximadamente um taxi para cada 70 habitantes. Uma quantidade alta se comparada com outras cidades como Nova Iorque, por exemplo, com 13 mil carros (um para 650 habitantes).

Nesse universo, tem malandro que se esquece de ligar o taxímetro, tem gangue que repassa notas falsas, tem taxista que fuma, tem carro velho. Mas também tem muita gente boa, historias engraçadas, figuras.

Como o Rodolfo Cutufia, o “taxista das agendas”, que me trouxe em casa esses dias e depois vim saber é praticamente uma lenda em Buenos Aires.

Motorista da empresa Mi Taxi, Rodolfo espera a gente com balas e chocolates e tem 65 agendas com mais de 100 mil mensagens de passageiros. Já foi tema de matéria nos jornais Clarin e La Nación, mantém o projeto Estrechando Manos, e se orgulha de ter sido reconhecido até pelo Vaticano por sua hospitalidade. Isso tudo ele me contou em menos de dez minutos de viagem, enquanto jogava agendas no meu colo.

Além de numerosos, os taxistas portenhos são famosos por opinar sobre tudo. Política, esporte, cultura. Tanto é que muitos mantêm blogs. Alguns, famosos, como o Confissões de um Taxista, publicado no La Nación por Carlos Guarella.

E também inspiram projetos. O Taxi Gourmet, da jornalista norte-americana Layne Mosler reúne apenas sugestões de taxistas sobre os melhores lugares para comer. Nasceu aqui e ganhou o mundo. E o Pasión por Buenos Aires distribuiu cinco mil exemplares do livro “Homero Manzi, Poeta de Arrabal” pelos bancos de passageiros.

Entrar em um carro preto e amarelo faz parte da vida nesta cidade (mesmo com o aumento que chega este mês), bem como da viagem de qualquer turista que se preze.

É esticar a mão, gritar táxi, e se preparar para ouvir alguma história.

Mas por favor: nada de pagar com nota de 100 pesos!