A linha fria do horizonte (trailer)

Hoje o blog tá meio “agauchado”. Mas por ótimas causas.

Segue o trailer de “A Linha Fria do Horizonte”, documentário musical que mostrará a obra e o pensamento de um grupo de cancionistas do sul do Brasil, Argentina e Uruguai que compartilham o fato de representar em sua obra a paisagem e o sentimento do local onde vivem, ignorando as fronteiras entre os países. O brasileiro Vitor Ramil, os uruguaios Daniel e Jorge Drexler e o argentino Kevin Johansen são alguns dos artistas que por meio de suas criações, cada um a sua maneira, refletem sobre as questões da identidade local e global permeadas pelo frio.

Documental musical sobre la obra y el pensamiento de un grupo de cancionistas del sur de Brasil, Argentina y Uruguay que comparten el hecho de representar en sus obras el paisaje y el sentimiento del lugar donde residen, sin hacer caso de las fronteras. El brasileño Vitor Ramil, los uruguayos Daniel y Jorge Drexler y el argentino Kevin Johansen son algunos de los artistas que a través de sus creaciones, cada cual a su manera, reflexionan sobre asuntos de identidad local y global atravesadas por el frío.

Os vinis que fizeram a cabeça dos argentinos

Ponete un disco reúne mais de 100 fotos

Vejam só que exposição legal essa do Centro Cultural Recoleta: chama-se Ponete un Disco e reúne fotografias das capas de discos mais lembradas por diversos artistas, músicos, jornalistas e produtores argentinos. Assim como por personagens anônimos, que também levam impresso em sua memória o ritual do que significava escutar discos.

Entre os que posaram para as lentes de Pablo Garber estão Litto Nebbia, Nito Mestre, Lalo Mir, Alfredo Rosso, Lito Vitale, Claudio Kleiman, Rocambole,  Alejandro Pont Lezica, entre outros.

Quem quiser que este projeto vire livro, é só apoiar a ideia AQUI. Dá para acompanhar os bastidores da produção, bem como conhecer um pouco mais sobre a história deste fotógrafo no vídeo abaixo. A exposição fica aberta até 7 de outubro e o CCRecoleta fica em Junin1930.

Fiquei aqui pensando qual vinil escolheria….

Programa completo com Vitor Ramil no Canal Encuentro

Para quem perdeu, segue o programa completo com Vitor Ramil exibido no Canal Encuentro semana passada. Vitor participou de Encuentros en el Estudio, programa comandado por Lalo Mir. É o primeiro estrangeiro a ser convidado para participar da conversa no mítico estúdio Ion,  por onde passaram ídolos como Astor Piazzolla, Mercedes Sosa, Charly Garcia e Fito Paéz.

Imperdible: 14 bandoneonistas fazem homenagem a Troilo

Este é um encontro para não perder: dias 11 e 18 de setembro, às 20h30, no Teatro Maipo, 14 dos mais talentosos bandoneonistas de Buenos Aires estarão reunidos para apresentar o disco TROILO COMPOSITOR.

É o que se pode chamar de um acontecimento!

Estes maestros, com idade entre 65 e 91 anos, executarão temas que o extraordinário Anibal Troilo, também conhecido como Pichuco, compôs entres 1933 e 1965.

Em todas as música utilizarão o bandoneón que pertenceu a ele, um doble A, ¾ nácar, série 20303, do final da década de 20. Ao morrer Anibal Troilo, em 1975, sua esposa Zita deu o instrumento ao maestro Raúl Garello, que depois o doou à Academia Nacional del Tango.

A ordem das músicas no show será cronológica, comecando com “Medianoche” de 1933 e fechando com “Milonguero triste” de 1965.

O disco foi gravado nos estúdios Ion,  por Jorge “Portugués” Da Silva como técnico de som. Acompanhando as jornadas esteve José Soler, legendário técnico de gravação da empresa Odeón, que registrou, em 1958, a versão “Quejas de bandoneón” para a orquestra de Troilo. Outro integrante foi o luthier Carlos Ferrío que reparou o bandoneón e o afinou.

O projeto tem o apoio da Academia Nacional del Tango e do site oficial da família de Pichuco:  www.troilo.com.ar e a primeira parte de uma série de atividades que culminarão em 2014, quando se celebra o centário do nascimento de Triolo.

Entradas AQUI. 

Cartas de Baires: Eletrônicos, pa’bailar

Os tangueiros ortodoxos torcem o nariz. Mas foi o tango eletrônico (também chamado de tango fusion ou neo tango) um dos principais responsáveis pelo renascimento do interesse por esta música em todo o mundo.

Os primeiros a experimentar a mescla de tango com os recursos eletrônicos foram o parisiense Gotan Project e o Bajofondo Tango Club, formado por artistas argentinos e uruguaios. Depois surgiram outros como Narcotango, Tango Crash, San Telmo Lounge, Otros Aires, Ultratango, Yira e Tanghetto.

Em comum, o fato de unirem instrumentos tradicionais do tango, como o bandoneón, com computadores e samplers. As músicas são remixadas ou são produzidas canções inéditas, mas usando fragmentos de clássicos do tango.

Para alguns, o tango eletrônico – e todas as versões deste ritmo que se afastam do tradicional – são “tango para quem não gosta de tango”. Mas há divergências. A polemica não é nova, mas também não sai da pauta.

No Festival Mundial de Tango, que acontece no mês de agosto, em Buenos Aires, a comunicação entre tango de salão e o eletrônico não para de crescer.

Este ano foi realizada pela primeira vez uma “Milongarave”, um espaço criado para experimentar e, de certa forma, transgredir. E para o fim de semana que vem está sendo preparada uma grande Festa Eletrônica, quando orquestras típicas estarão mescladas com hip hop, drum’n and bass e beats eletrotangueiros e show de Otros Aires.

Esta banda, surgida em  Barcelona, se auto-denomina “arqueológico-eletronico”, já que mescla sons do princípio do século XX (como Gardel e D’Arienzo) com batidas contemporâneas. Na mesma linha estão DJ como DJ Inca, alter ego nas pistas do crítico e jornalista de música Gabriel Plaza, idealizador do Electrotango Party.

Na edição em que se lembram os 20 anos da morte do bandoneonista Astor Piazzolla, até hoje considerado por alguns como o “assassino do tango”, é bacana ver o ritmo em renovação. E vivo.

Piazzolla buscou novos ares para esta música já nos anos de 1970, aproximando-a do rock, com o fugaz Octeto Eletrônico, e depois do jazz. Foi odiado por muitos, especialmente por fazer uma música “não dançável”.

Este ano, Daniel “Pipi” Piazzolla, neto do músico e líder do grupo Escalandrum, apresentou uma nova versão da série Quatro Estações Portenhas, criada pelo avo. E se viu muito Piazzolla sendo dançado pelas pistas.

Quem escuta a música, tem um bom abraço e conexão com o parceiro, dança qualquer coisa. E gosta. Quem não gosta, mas tem “buena onda”, sabe que há lugar pra todo mundo na cena tangueira. Não entra na briga e vai dançar em outro lado. O coração do tango é grande. Ainda bem!

Com vocês, o clássico dos clássicos em versão remix!

O texto no Noblat está AQUI. 

Onde comprar roupas de tango

Uma das perguntas que mais ouço aqui antes de sair para uma milonga é: com que roupa que eu vou?

Em geral, as milongas acontecem em lugares muito simples. Não há motivo para altas produções. Todo mundo vai para dançar e dança mais quem dança bem e não quem está melhor vestido. Jeans, legging, vestidinho. Qualquer coisa, desde que seja comodo.

Isso não quer dizer que não haja gente que carregue no modelito. E nem que não exista uma “modinha” tangueira. Como acontece em qualquer tribo, os tangueiros também tem a sua estética.

Muñecas Bravas

Há pelo menos duas vertentes nesse mundo milongueiro.

Uma é mais over. Essa que aparece nos anúncios de roupas de tango nas revistas especializadas. Muita renda, decote, fenda, meia arrastão, animal print. Tudoaomesmotempoagora.

Depois, há uma outra ala mais “descontracturada” como se diz.  Gente que sai para dançar de uma forma mais descontraída. Um vestidinho charmoso, claro, mas com uma pitada mais descolada. Essa galera usa muita saia sobre calca e umas calcas chamadas babuchas.

Para ter uma idéia geral melhor do que se veste nas milongas, uma boa pedida é visitar a Tango Bazar, que fica na Santa Fé, 1780 7 andar, 707, e é uma espécie de show room de diversas marcas. Para mim é uma estética muito diferente, mas que aos poucos vou me acostumando.

Entre as marcas em venda na Tango Bazar gostei da  Muñecas Bravas, que tem roupas para práticas que dão para usar em qualquer milonga sem problemas.

Já a Monica Lei produz uma linha mais noite, que usaria num momento “diva”. E a Segunda Generación é uma das poucas que tem uma coleção para meninas, chamada Tangueritas.

Monica Lei

A La Victor, que expõe sempre que há milongas no Cetba, também tem umas coisas interessantes, mas as fotos do Facebook não ajudam. Tá na hora de se profissionalizar. Comprei essa blusa de bolinhas com a flor vermelha (foto abaixo)

Que ninguém se assuste com as fotos de divulgação de algumas páginas! Procurando tem coisa bacana.

La Victor: achei divertida essa com a flor e e arrematei!

Outras marcas conhecidas são:

PARA SAPATOS de tango , HÁ UM POST AQUI. 

Garua

Mimi Pizon

4 Corazones

Matéria do Clarín sobre “tango gay”

Foto Clarin

Não gosto da expressão “tango gay”. Tango é tango.

Mas se é para destacar as milongas onde se pode bailar sem preconceito, então prefiro usar algo como “tango livre” – lugares onde cada um dança com quem quiser, fazendo o papel de condutor ou conduzido, e não necessariamente de homem ou mulher.

O jornal Clarín de hoje traz uma matéria sobre o tema.

O texto completo está AQUI. Melhor não ler os comentários.

Principais milongas:

“Tango Queer”, com classes de milonga às terças-feiras em Perú 571

“La Marshall”, todos os domingos em Rivadavia 1392, e nas sextas em Riobamba 416.

 

 

Rent a Local Friend Tangueiro!

Prática mensal de sábado do estúdio Tango & Tango

Quem acompanha o blog sabe que recebo visitantes em Buenos Aires, de maneira personalizada, pelo Rent a Local Friend.

A novidade é que em agosto, mês do Mundial de Tango, estréio o meu RLF TANGUEIRO, uma versão de passeio mais focada para quem está começando a dançar ou quer conhecer a capital argentina sob este ponto de vista.

Normalmente sempre me pedem dicas de aulas e milongas no blog e vou continuar indicando as minhas preferidas, gratuitamente, não se preocupem!.

A idéia é complementar esse trabalho com um assessoramento mais intenso que inclua, por exemplo, uma conversa sobre etiqueta milongueira (para quem não sabe, claro) e elementos fundamentais da dança (abraço e caminhada), antes dos passeios, que serão montados de acordo com o interesse de cada um e podem incluir:

Recorrido por lojas de roupas e sapatos

– Visitas a lugares tangueiros clássicos (em Boedo e Almagro, por exemplo)

– Lojas de sapatos e roupas

– Assessoramento e acompanhamento em classes privadas e grupais

– Acompanhamento em milongas

Apta a dar aulas em um ano e meio!

Não sei se todos sabem, mas estou na metade do segundo ano do Centro Educativo de Tango (CETBA), também conhecido como Universidade do Tango, uma escola de formação de professores de tango (Dança e História), ligada ao governo da cidade de Buenos Aires. A formação é gratuita e de três anos, com aulas todos os dias, das 19h às 22h.

Também faço um estágio no Hospital de Clínica de Buenos Aires na Oficina de Tango para pacientes com Parkinson.

Além do curso mais extenso, de três anos, o CETBA oferece várias oficinas e classes abertas à comunidade, como classes de Tango para Principiantes, Tango para Crianças, Valsa,  Canto e Interpretação, Tango e Cinema, Psicologia Social e Tango, Preparação Física e Correção Postural, Antropologia e Tango e Danças Folclóricas entre outros. TODOS SÃO GRATUITOS. A grade de horários está AQUI e quem quiser pode se integrar agora no segundo semestre.

Todas as primeiras sextas-feiras do mês o Cetba realiza uma milonga, aberta à comunidade. Deixo um rápido vídeo sobre a escola, que encontrei na internet. Está em francês, mas dá para entender o espírito.

Dica para hoje: tango grátis!

Carla Algeri no Teatro San Martin em 2009 (Foto Gisele Teixeira)

Carla Algeri, uma das melhores bandoneonistas de Buenos Aires, apresenta seu novo disco “Sur, Bandoneón y Después”, no Hall do Teatro San Martin, hoje e amanhã.

Ela estará acompanhada por Eduardo Pulis na voz, Armando de la Vega no violão;  Rubén Jurado na viola, Ariel Pirotti no piano e Facundo Benavídez no contrabajo.

Os dois concertos terão convidados como Chelo Gómez, Eduardo Correa, Eduardo Tami e contarão com mestres do porte de Juan Pugliano e Pepe Colángelo.

Entrada libre e gratuita. Programaço!

Sexta e sábado, às 19 h. Corrientes 1530.

 

Outra boa: nos dias 7, 14 e 21 de agosto a Orquestra del Tango de Buenos Aires também se apresenta gratuitamente este mês. Dirigida por Néstor MarconiJuan Carlos Cuacci e Raúl Garello, a orquestra está com a seguinte agenda:

Terça 7, terça 14 e terça 21, às 13h, na Sala A/B do Centro Cultural General San Martín, Sarmiento 1551.

Sexta 17, às 18h30, na Usina del Arte, Caffarena y Pedro de Mendoza.

 

Dança no Museu Evita

60 anos da morte de Evita

Programaço para quem estiver com viagem marcada para Buenos Aires no final de julho: o espetáculo Eva, Um Recorrido, que acontece todinho pelas dependências do Museu Evita.

A intervenção coreográfica foi feita para celebrar os 60 anos de falecimento de Eva Peron e os 10 anos de criação do museu.

É uma colagem de momentos da vida de Evita, relacionados com a organização temática e cronológica que o e espaço oferece.

Entre os bailarinos que fazem parte do espetáculo estão dois que adoro,  Aurora Lubiz e Luciano Bastos, mas no total são 18 pessoas dançando  pelo museu.

A direção coregráfica é de Andrea Castelli, minha ex-profe de tango, que é divina e está sempre fazendo coisas diferentes. Era criação dela o espetáculo Fabulandia, na Botica del Angel, por exemplo.

Fica uma provinha

A estréia é dia 25 de julho, mas as apresentações seguem todas as sextas-feiras de agosto e setembro, sempre às 21h30. A entrada custa 40 pesos, mas é preciso fazer reserva pelo telefone 15-6203-5434 ou pelo email evaunrecorrido@gmail.comSólo con reservas!!!

Museo Evita fica na Lafinur, 2988.