A linha fria do horizonte (trailer)

Hoje o blog tá meio “agauchado”. Mas por ótimas causas.

Segue o trailer de “A Linha Fria do Horizonte”, documentário musical que mostrará a obra e o pensamento de um grupo de cancionistas do sul do Brasil, Argentina e Uruguai que compartilham o fato de representar em sua obra a paisagem e o sentimento do local onde vivem, ignorando as fronteiras entre os países. O brasileiro Vitor Ramil, os uruguaios Daniel e Jorge Drexler e o argentino Kevin Johansen são alguns dos artistas que por meio de suas criações, cada um a sua maneira, refletem sobre as questões da identidade local e global permeadas pelo frio.

Documental musical sobre la obra y el pensamiento de un grupo de cancionistas del sur de Brasil, Argentina y Uruguay que comparten el hecho de representar en sus obras el paisaje y el sentimiento del lugar donde residen, sin hacer caso de las fronteras. El brasileño Vitor Ramil, los uruguayos Daniel y Jorge Drexler y el argentino Kevin Johansen son algunos de los artistas que a través de sus creaciones, cada cual a su manera, reflexionan sobre asuntos de identidad local y global atravesadas por el frío.

Programa completo com Vitor Ramil no Canal Encuentro

Para quem perdeu, segue o programa completo com Vitor Ramil exibido no Canal Encuentro semana passada. Vitor participou de Encuentros en el Estudio, programa comandado por Lalo Mir. É o primeiro estrangeiro a ser convidado para participar da conversa no mítico estúdio Ion,  por onde passaram ídolos como Astor Piazzolla, Mercedes Sosa, Charly Garcia e Fito Paéz.

Noite de clássicos

Vitor Ramil me emocionou diversas vezes ontem, no show que fez no Café Vinilo.

Destaque para a versão de Noite de São João com a gaita de boca de Franco Luciani. De arrepiar. Para quem quiser conferir, ainda há mais um show, hoje.

Ele contou duas coisas que não sabia. A primeira é que Neve de Papel foi composta aqui em Buenos Aires e inspirada na chuva de papel picado que a galera do mercado financeiro joga das janelas, no centro, no último dia do ano. Depois, que Austronauta Lírico também começou a ser composta aqui e que a capital argentina seria a “cidade magnífica” de que fala a letra.

Para completar, adiantou um montão de informações sobre o novo disco, FOI NO MES QUE VEM, que está sendo financiado via Crowfounding. O  álbum, duplo,com 26 músicas, será lançamento no segundo semestre deste ano e terá diversas participações especiais, como a de Jorge Drexler e Milton Nascimento, que já gravou os vocais de “Não é Céu”. Outras duas importantes participações a aparecer em “Não é céu” serão o percussionista argentino Santiago Vazquez (da Bomba del Tiempo) e o baixista André Gomes. Junto com o disco sai o songbook, com 60 composições, com acordes, arpejos, afinações preparadas ou melodias, entre outras coisas. Uma parte do disco está sendo gravada aqui em Buenos Aires.

Quem quiser colaborar para que este projeto se viabilize POE O DEDO AQUI

Deixo vocês com Vitor Ramil cantando um “tangazo”, Yira, Yira

Yira, Yira

Vitor Ramil em Baires: hoje, amanha e domingo

Claro que eu rirei
Ao vendo o que outro alguém não viu

Dá para conhecer mais sobre este grande músico brasileiro em http://www.vitorramil.com.br/

 

Viernes 8, Sábado 9 y Domingo 10 – 21 hs – $100. No Café Vinilo

A linha fria do horizonte

“Se o tempo vestisse, certamente seria sobrepeliz de pelúcia para usar na vasta noite do sul” (Sérgio Metz)

Assim é o céu “lá de fora”

Vejam só que projeto legal. Começa a ser rodado este mês o documentário “A Linha Fria do Horizonte”, que mostrará o trabalho e o pensamento de um conjunto de compositores de música popular do sul do Brasil, Argentina e Uruguai,  que compartilham o fato de representar em suas canções a paisagem comum onde vivem.

Estes artistas têm proposto – em paralelo a criação de sua obra e cada um a sua maneira – uma reflexão sobre a identidade própria da região, em conflito e diálogo com um sentimento de identidade global.

São eles os brasileiros Vitor Ramil e Marcelo Delacroix, os uruguaios Daniel Drexler, Jorge Drexler e Ana Prada e o argentino Kevin Johansen.

O site www.linhafria.com conterá detalhes de toda a produção, informações sobre os artistas e um blog que servirá de diário de bordo, onde serão postadas imagens e comentários da equipe sobre o percurso durante toda a viagem.

Nela os internautas poderão também compartilhar sugestões e dicas de lugares, personagens e paisagens que dialoguem com a proposta do filme.

Incluiria, já de cara, alguma referencia a Sergio Metz,  escritor, jornalista e letrista do grupo Tambo do Bando, que morreu de câncer em 20 de junho de 1996. Mais conhecido como Jacaré, Metz deixou em vida três livros, sendo que um deles se chama Assim na Terra. Entendeu o frio como poucos.

A inédita Mango

ONDE E QUANDO TOCA RAMIL

Quarta, 10 de março –  21h, com Luiz Carlos Borges Quarteto (chamamé), Liliana Herrero e outros artistas convidados

Sexta, 12 de março – 21h, com Carlos Moscardini

Sábado, 13 de março – 21h, com Carlos Moscardini

Os três shows são no Teatro 25 de Mayo (Avenida Triunvirato 4444). As entradas são gratuitas e podem ser retiradas duas por pessoa, duas horas antes do início do espetáculo.

As apresentações fazem parte do projeto Expresso Porto Alegre Buenos Aires, que inclui uma série de outros concertos. A programação completa está AQUI.

Deixando o pago

E a trotezito no mais
Fui aumentando a distância
Deixar o rancho da infância
Coberto pela neblina
Nunca pensei que minha sina
Fosse andar longe do pago
E trago na boca o amargo
Dum doce beijo de china


Segunda-feira terei o privilégio de fazer uma entrevista com Vitor Ramil e o violonista Carlos Moscardini, que apresentam em Buenos Aires o disco “délibáb” (milonga de la milonga).

O nome do CD não é totalmente “ramiliano”?

Alguém, por favor, poderia me mandar alguma coisa demo?

Não acho nada na internet para ouvir antes da entrevista!!

Seguindo o baile. O trabalho contém milongas compostas por Ramil a partir do livro de poemas Para las seis cuerdas, de Jorge Luis Borges, e dos versos de João da Cunha Vargas, brasileiro, natural do Alegrete.

João da Cunha Vargas (1900-1980) foi homem das lides campeiras, poeta que jamais escreveu seus versos, tendo guardado-os sempre na memória. Vitor Ramil, que já musicou quase toda a sua obra, registrou Último Pedido, Deixando o Pago (acima) e Gaudério no disco Ramilonga – A estética do frio (1997) e Querência, em Longes (2004).

Entre os poemas ainda não gravados, e que farão parte do roteiro do show, estão Chimarrão, Pé de Espora, Tapera e Mango.

Já o argentino Jorge Luis Borges (1899-1986), escritor, ensaísta e poeta, é um dos nomes mais importantes da literatura mundial. De um pequeno livro seu intitulado Para las seis cuerdas, Vitor musicou oito poemas, sendo que um deles, Milonga de Manuel Flores, foi gravado pelo compositor no disco A paixão de V segundo ele próprio.

Para o show estão previstos os ainda inéditos em música Donde se habrán ido?, Milonga para los morenos (com a participacao de Caetano), Milonga de Calandria, Milonga de dos hermanos, Milonga para los orientales, Milonga de Albornoz e Un cuchillo en el Norte.

Entre as primeiras gravações dedicadas a “musicar” Borges está “A Don Nicanor Paredes”, interpretado por Edmundo Rivero junto ao Quinteto Nuevo Tango, de Piazzolla. Quem recita no meio da música é Luis Medida Castro.

Para mais Vitor Ramil, clicar AQUI.