Cartas de Baires: Morre a única argentina retratada por Andy Warhol

Com a igreja, com Alfonsín, com Menem e com Duhalde; Amalita consolidou sua fortuna com o amparo do poder (fotos pagina 12).

 

O tamanho do nome dá uma pista de onde vem a fortuna da mulher mais rica da Argentina, falecida sábado, aos 90 anos: Maria Amalia Sara Lacroze Reyes Oribe de Fortabat.

E as imagens dela, publicadas na imprensa, uma mostra de como esta fortuna foi engordando ao longo dos anos.

“Amalita” com a igreja durante a ditadura e íntima dos presidentes Ricardo Alfonsín, Eduardo Duahalde e Carlos Menem. Este último a nomeou “embaixadora itinerante”, cargo eliminado por Kirchner ao assumir o poder.

Filha de um aristocrata argentino, alfabetizada em frances e inglês antes do castelhano, Amalia começou a construir seu império em 10 de janeiro de 1976 quando seu esposo, Alfredo Fortabat, morreu de um derrame cerebral aos 81 anos. Com 54 anos, recebeu uma das maiores heranças já vistas pelo país.

Segundo o livro Os Donos da Argentina, do jornalista Luis Majul, entre os bens estariam 23 campos com 170 mil cabeças de gado­­; cinco empresas de cimento; um edifício inteiro na avenida Libertador (uma das mais caras de Buenos Aires); uma casa em Mar del Plata; um duplex no Hotel Pierre, em Nova Iorque; dois aviões, um helicóptero, um barco e diversos automóveis.

Além da administração de cinco mil empregados, e da cadeira de diretora da empresa de cimentos Loma Negra (a maior do país, mais tarde vendida para a Camargo Correia), na qual sentaria apenas cinco dias depois da morte do marido.

Em 1980, a viúva tinha quadruplicado seu patrimônio, estimado recentemente pela revista América Economia em U$S 902 milhões.

Fortabat teve papel importante no mercado de arte e deixou para Buenos Aires um museu ainda pouco visitado, chamado Coleção de Arte Amalia Lacroze de Fortabat, em Puerto Madero. Projetado por Rafael Viñoly, o prédio por si só já vale a visita.

Na coleção de mais de 200 peças estão obras de Salvador Dalí, Rodin, Klimt, Chagall, Miró, Xul Solar e Antonio Berni. E dois xodós, “Julieta e sua Aia” (1836), do pintor inglês William Turner, arrematado por US$ 7 milhões, e o “O Censo em Belém”, de Peter Brueghel.

Outro óleo que atrai olhares é o que retrata a própria Amalia vista pela lente colorida e pop de Andy Warhol. Foi a única argentina retratada pelo americano que, dizem, por estar em dificuldades econômicas começou a fazer, por encomenda, séries de retratos ao “estilo Marilyn”.

A divisão da herança deve render muita confusão. Dizem que Fortabat, que tem apenas uma filha, fez e refez seu testamento diversas vezes e que teria ainda cerca de 4 mil obras de arte espalhadas por suas varias casas na Argentina e Estados Unidos. Uma herança que dava outro museu.

Texto no Noblat, AQUI. 

Cartas de Baires: Gente pequena

Para ver mais fotos: : http://little-people.blogspot.com/

Não sei o que me chocou mais, se a primeira notícia ou a segunda.

A primeira é a seguinte: os corpos de duas senhoras gêmeas, de 73 anos, Susana Elena e Beatriz Aida Laguardia, foram encontrados mumificados na semana passada em um apartamento da Recoleta, um dos bairros mais sofisticados de Buenos Aires.

A principal suspeita da perícia é que ambas tenham morrido no dia 5 agosto do ano passado, após intoxicação por monóxido de carbono. Estavam com roupas de inverno e tinham contas deste dia sobre a mesa. Todos os demais impostos se acumulavam embaixo da porta. Não havia sinais de violência.

As irmãs só foram descobertas agora, quando o porteiro do edifico chamou as autoridades em função de um forte odor que saía do quarto andar, acrescentando que as duas vizinhas não eram vistas há muito tempo. O apartamento, avaliado em US$ 500 mil, ocupava todo o piso.

De acordo com o jornal La Nación, os vizinhos reclamavam há dias do cheiro, e todos achavam que elas estavam mortas, mas ninguém se dignou a fazer a denúncia. Ninguém queria se “envolver”.

Parece que contribuiu para isso o fato de as irmãs serem pouco sociáveis. Iam apenas à igreja e ao supermercado. Ninguém sabe descrevê-las fisicamente, nem o jornaleiro da esquina.

A exposição ao monóxido de carbono, gás inflamável e inodoro, por mais de uma hora leva à morte rápida. Intoxicações desta natureza não são raras de acontecer em países que usam muita calefação.

Mas a segunda notícia para mim é mais cruel: os vizinhos não chamaram a polícia, mas entraram com uma ação civil, em novembro, três meses depois da morte das duas, pelo atraso no pagamento do condomínio.

Não se dignaram a bater na porta para ver o que passava com o vizinho do lado, que morava ali há mais de 20 anos, mas não perderam tempo para cobrar o dinheiro que elas deviam. “O que passa em cada apartamento é questão de cada um. Sou responsável apenas pelos espaços comuns”, defendeu-se o síndico.

Essa situação me remeteu ao blog Little People. Nele, o artista plástico inglês Slinkachu publica fotos de pessoas em miniaturas espalhadas por metrópoles como Londres, Manchester, Barcelona e Amsterdam.

Ao reproduzir situações cotidianas em uma perspectiva reduzida, aborda temas como o medo e a solidão nas grandes cidades. Um trabalho que nos dá conta da nossa pequenez. Que, em alguns casos, é também de alma.

Vale a pena espiar: http://little-people.blogspot.com/

Texto integral no Noblat, AQUI. 

Dica para sábado: Noche de los Museos

Mais de 600 mil pessoas participaram do evento em 2010

Sábado que vem, dia 12, acontece a oitava edição da Noite dos Museus, e tenho para dizer para vocês que a programação está di-vi-na!

Este ano será toda em homenagem aos escritores e aos livros.

São 27 bairros e 174 museus, que nesta data ficam abertos até a madrugada e não cobram entrada.

A inauguração será na Casa de Cultura (Av. de Mayo 575) com um concerto chamado Borges e Piazzolla – El Tango, que recupera o repertório “arrabalero” criado pelo músico e pelo escritor, a partir de partituras originais. Atuações de Fernando Suárez Paz, Nicolás e orquestra. Quem ainda não foi na exposição Cosmópolis, Borges y Buenos Aires, que aproveite a oportunidade. É no mesmo local e está muuuito boa.

Outra proposta que achei bárbara é a performance “Lluvia de arañas sobre el Riachuelo”, em La Boca, a cargo de Sigismond de Vajay e Buenos Aires Sonorà.

Dezenas de botes repartirão cerca de 500 velas sobre a água. Ao mesmo tempo, do alto da ponte, eles começarão a acender centenas de luzes conhecidas aqui como “aranhas”, uma espécie de lustre, colocadas em várias alturas.  Acompanhando esse show de luzes, o coletivo Buenos Aires Sonorà promete “texturas musicais”. A primeira intervenção é às 20h30, mas depois se repete a cada hora cheia.

Para a galera da música, duas dicas: La Bomba del Tiempo estará em frente à Faculdade de Direito, junto com a Compañía de Danza Aérea de Brenda Angiel. Será projetado um mapping nas famosas colunas do prédio. E Gabo Ferro e Pablo Ramos estarão no Edifício da Munich, na Costanera Sur.

O Centro Educativo de Tango de Buenos Aires (CETBA), onde faço formação de dança, também estará com as portas abertas este ano. Não é um museu, obviamente, mas como a escola completa 20 anos, aproveita a ocasião para celebrar o trabalho realizado. Todos estão convidados a prestigiarem a “universidade do tango”. O endereço é Agrelo 3231.

A programação é bem mais singela que as outras mencionadas, mas para mim tem alto valor afetivo. De forma que estarei por lá.

Deixo vocês com a companhia aérea de Brenda Angiel.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA NOITE DOS MUSEUS AQUI. 

CRONOGRAMA DAS VISITAS GUIADAS NESTA DATA.


Cartas de Buenos: Botica del Angel, alucinação barroca

Segue abaixo a íntegra da coluna Cartas de Buenos Aires, publicada hoje no Blog do Noblat.

Semana passada conheci um dos lugares mais bizarros de Buenos Aires. Chama-se Botica de Angel e, por fora, parece uma igreja. Mas não é. É um museu que reúne vestígios do mundo artístico da capital portenha nos anos 1960 e 1970. Um túnel do tempo. Difícil de explicar.

São 1500 metros quadrados, divididos em 33 salas, abarrotados de obras de arte e também de objetos de qualidade duvidosa, porém cheios de historia. Não importa. O relevante é que não há um centímetro livre de informação. Tudo é excesso.

Entre o caos, objetos surpreendentes.

Um anjo que pertenceu a casa de Pablo Neruda, um vestido de Tita Merello, uma carta e um chapéu de Victoria Ocampo, um cheque original assinado por Carlos Gardel, um tinteiro que foi do poetaFederico GarciaLorca, a mala de viagem de Adolfo Bioy Casares, manuscritos de Alfonsina Storni e Xul Solar, desenhos de Quino.

Isso sem falar nas obras de arte de grandes mestres da plástica, como Antonio Berni, Marta Minujin, Raul Soldi, Hermenegildo Sábat, Carlos Castagnino, Carlos Alonso, Clorindo Testa, Quinquela Martins e Julio Le Parc, entre outros.

Cada sala tem um tema, uma cor e uma trilha sonora. La Nave, El pasillo Di Tella, Todo se olvida con el champagne, El prostíbulo, El Circo Criollo, La Academia del Tango, El Café con Suerte. E por aí vai.

O museu fica na Luis Sáenz Peña, 541, no bairro de Monserrat, e funciona em um prédio construído em 1927 para ser igreja metodista.

Virou ponto de encontro de criadores portenhos pela mão de uma figura chamada Eduardo Bergara Leumann, que o transformou no primeiro “café concert” de Buenos Aires, uma espécie de cabaret artístico que lançou muitos nomes hoje famosos, como Susana Rinaldi, que estreou por lá.

Leumann, um tipo obeso mais conhecido como “O Gordo Leumann”, vivia sempre fantasiado de anjo e foi apresentador de televisão, artista plástico e ator. No cinema, para terem uma idéia de onde ele transitava, integrou os elencos dos filmes Casanova, de Federico Fellini, Calígula, de Tinto Brass, e Contrastes, de Andy Wahrol.

Nos anos 1980, protagonizou um programa de televisão chamado Botica de Tango, que foi um êxito, e por onde passaram nomes da cultura nacional, inclusiveJorge LuisBorges e Ernesto Sábato.

Leumann morreu em 2008 e durante muito tempo o espaço ficou sem atividade. Agora, sob a administração da Universidad del Salvador, começa a recobrar vida, com visitas guiadas (que duram duas horas e podem ser agendadas pelo 0800 333 8725, desde Buenos Aires), e apresentações de tango.

Imperdível para os que estão com viagem marcada para cá.

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Sacate a tu ex de encima

Divorce Day Mad Dwarf 20 years - Ljubljana, Slovenia

Divorce Day Mad Dwarf 20 years - Ljubljana, Slovenia

Isso é que é civilidade!!

A Argentina vai receber pela primeira vez, este mês, uma exposição pertencente ao Museu das “Relaciones Rotas” (Museum of Broken Relationships), um projeto nascido em 2006 pelas maõs de Olinka Vištica e Dražen Grubišić, dois artistas croatas que terminaram sua relação da maneira mais civilizada possível: fazendo arte.

Desde então, o museu não pára de crescer, agregando obras em exibições itinerantes em torno do conceito das relações frustradas e suas ruínas. Diferente das destrutivas instruções dos de auto-ajuda para recuperar amores perdidos, o Museu oferece a oportunidade das partes ultrapassarem o colapso emocional provocado pelo fim de uma relação por meio da criação, contribuindo para a coleção do Museu.

Qualquer que seja a motivação para doar uma obra pessoal – exibicionismo, cura terapêutica ou simples curiosidade – as pessoas abraçam a idéia de exibir seus legados amorosos como uma forma de ritual, uma cerimônia solene.

“Nossas sociedades nos obrigam a casamentos, funerais e eventos de graduação, mas nos nega qualquer reconhecimento oficial sobre o fim de uma relação, apenas de seu forte efeito emocional”, dizem os autores.

O Museu já apresentou seus trabalhos na Alemanha, Africa do Sul, Singapura, Estados Unidos e Turquia, entre outros países, formando uma coleção incrível.

Buenos Aires é a primeira parada na América do Sul. Junto com a coleção permanente espera-se apresentar as contribuições locais.

Há um monte de coisas engracadas AQUI. Quando se clica a primeira vez aparece um pop-up da mostra. É preciso fechá-lo, no canto direito, para poder ver as fotos.

Adorei!!

Del 14 de abril a 1º de mayo
Centro Cultural Borges
Viamonte y San Martín
5555-5359 / 4311-4865
Horarios: lunes a sábado de 10 a 21. Domingos de 12 a 21

Casa Pueblo

Casa Pueblo

O Uruguay é um país pequeno, mas cheio de segredos.

Recentemente fomos conhecer a casa de verão e atelier do artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró, de 87 anos, em Punta Ballena, a 15 minutos de Punta Del Este.

 

Vista aérea

Esparramada sobre um penhasco, a casa branca de curvas acentuadas é um completo desbunde em frente ao mar.

Batizada de “Casapueblo” e construída inicialmente pelo próprio artista, levou quatro décadas para ficar pronta.

A inspiração veio do “forneiro”, pássaro que eles dizem ser típico do Uruguai (mas que em bom português é o nosso “joão-de-barro”), que usa o adobe para levantar sua morada.

Em três dos nove andares funciona um museu, que exibe um panorama completa da obra do artista, de pinturas a esculturas e cerâmicas. No restante da área foi instalado o Hotel Casapueblo e o restaurante Las Terrazas. O espaço recebe cerca de 60 mil visitantes por ano.

Foto do artista na casa do Tigre/La Nación

Paez Vilaró foi muito influenciado pelo candombe e pela cultura afro. Viveu no Brasil e em diversos países onde a negritude tem forte presença: Senegal, Libéria, Congo, República Dominicana, Haiti, Camarões, Nigéria…

Para quem não conhece Paez Vilaró, sugiro uma espiada na página do artista, amigo de Brigitte Bardot, Fidel Castro, Vinicius de Moraes, Astor Piazzolla, Salvador Dalí e até de Pablo Picasso. O filho do artista, Carlos Miguel, é um dos sobreviventes do trágico acidente aéreo dos Andes ocorrido em 1972.

O artista tem uma casa também no Tigre, nos moldes da uruguaia, só que menor.

Outras informações AQUI.

Noche de los Museos e Fundación Proa

amor

Collage de orificios e Si los ojos pudieran arañar, Jiři Kolář. Ambos da década de 1960

Para quem está chegando a Buenos Aires está semana – ou vive aqui – os próximos dias prometem. Além da extensa agenda de shows e concertos que acontecem em novembro e dezembro, há ótimas exposições e ciclos de cinema na cidade.

Uma primeira dica é a Noche de los Museos, sexta-feira. Vários museus da cidade ficam abertos até as duas horas da manhã, para visitação. Há circuitos guiados, conferências, mostras de cinema, performances. As atividades podem ser escolhidas por tipo ou por bairro, na página do evento. É a sexta edição de um projeto que é celebrado em 130 cidades do mundo. No ano passado, 450 mil pessoas participaram desta noche de arte.

Para quem quiser começar bem cedo, as 17h já há uma visita guiada na Fundação Proa, pela exposição El Tiempo Del Arte, Obras Maestras del Siglo XVI al XXI. Como o nome já diz, faz um recorrido em cinco séculos de história. Partindo de 1500, obras de Tintoretto, il Veronese, Tiépolo, junto às de Kosuth, De Chirico, Jeff Wall, Morandi, León Ferrari, Velázquez. São mais de 100 peças, divididas em sugestivas salas batizadas de Poder, Cotidiano, Vida, Morte, Corpo, Mente, Amor e Ódio.

Andy Warhol. Mr America

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Esse é o nome da mega exposição que o Malba vai receber em outubro. São 170 obras – sendo 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotografias e 2 instalações (Silver Clouds e Cow wallpaper), além de 44 filmes pertencentes a diferentes etapas de sua produção, com ênfase no período que vai de 1961 a 1968. A mostra vai ser montada em parceria com o Museo Andy Warhol, de Pittsburgh. A boa noticia é que depois de passar pelo Malba (de 22 de outubro a 9 de fevereiro) a exposição vai para a Pinacoteca de São Paulo, de 27 de fevereiro a 25 de abril.

QUEM FOI WAHROL?

Warhol era filho de pais originários da Eslováquia que migraram para os Estados Unidos durante a Primeira Grande Guerra. Graduou-se em design e ainda jovem, em Nova York, começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper’s Bazaar e The New Yorker. Começa nessa época uma carreira de sucesso como artista gráfico e faz sua primeira mostra individual em 1952, com 15  desenhos baseados na obra de Truman Capote.DylanWarhol_NF009 Abaixo, uma foto de dele com Bob Dylan, numa visita do música ao seu estúdio, chamado The Factory. La no fundão…ele…Elvis!!!

Nos anos 1960 passa a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Elvis Presley, Che Guevara e símbolos icônicos da história da arte, como Mona Lisa.

A partir do meio da década de 1960, Warhol radicaliza a idéia de artista multimídia em seu tempo e passa a militar em outras áreas que incluem a música e o cinema. Seus filmes undergrounds são hoje clássicos do gênero e, entre eles, se destacam Chelsea Girls, Empire e Blow Job (1964). São filmes conceituais, onde “nada acontece”.Também fez experiências retratando pessoas célebres no formato Polaroid.

Na música, através do grupo de rock underground Velvet Underground, já nos anos 1970, participou de performances e ajudou a agitar e difundir a cena do glitter rock originária de Londres. Dessa mesma vertente também participam, tanto em Londres, como em Nova York, David Bowie (fase Ziggy Stardust), Lou Reed , Iggy Pop, T. Rex, Kiss, New York Dolls (no Brasil, Secos e Molhados), em que elementos de androginia e ambigüidade sexual são ressaltados através do uso de cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas e paetês, e enfatizam a decadência de padrões arraigados de comportamento.

Andy Warhol Cunha a famosa e profética frase, hoje amplamente divulgada: “In the future everyone will be famous for fifteen minutes”. (No futuro qualquer um será famoso por quinze minutos). Seus últimos trabalhos são 1986 com a série de pinturas intitulada The Last Supper, baseados em Da Vinci e um revival do grande tema da pop art intitulado Ads que remetem aos trabalhos iniciais baseados nos apelos da publicidade e do consumo e nos objetos do cotidiano. Morreu em janeiro de 1987,  aos 59 anos de idade.

Põe o poncho e aumenta o volume!

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Com a inauguração da mostra a partir do libro “A todo volumen. Historias de tapas del rock argentino”, na sala 8, e das apresentações de Onda Vaga e Ximena Xariñana, no terraço do Centro Cultural Recoleta, começa hoje a segunda edição do “Ciudad emergente”, um festival multidisciplinario de cultura. A entrada é livre e gratuita. De hoje a segunda (feriado nacional) haverá recitais, encontros de música e poesia, projeção de filmes, palestras, desfiles de moda, arte digital, dança e a concreta possibilidade de acercar-se, conhecer e perceber novos artistas, novas idéias, novas formas de expressão. Tudo o que brota na cabeça de uma cidade que é faro cultural para o continente está aqui e agora.

Programação AQUI.

Con la inauguración de la muestra a partir del libro “A todo volumen. Historias de tapas del rock argentino” en la sala 8, y las actuaciones de Onda Vaga y Ximena Xariñana en la terraza del Centro Cultural Recoleta,  a las 21, comienza hoy la segunda edición de “Ciudad emergente”, festival multidisplinario de cultura y tendencia joven. La entrada es libre y gratuita desde hoy jueves y hasta el lunes 15 (feriado nacional). Habrá recitales, encuentros de música y poesía, proyección de películas, charlas, desfiles de moda, arte digital y callejero, danza urbana y la concreta posibilidad de acercarse, conocer y percibir nuevos artistas, nuevas ideas, nuevas formas de expresión. Todo lo que asoma la cabeza en una ciudad-faro cultural para el continente, está. Aquí y ahora.

En la Terraza del Centro Cultural, habrá una pantalla de Leds y se presentarán los espectáculos centrales.

En la Sala Villa Villa, las bandas y los DJ y VJ.

En el Patio del Aljibe, danza y desfiles de indumentaria.

En la Sala moda, una muestra de diseños de trabajos seleccionados en convocatoria.

Además habrá muestras especiales:

Letras y Rock, un espacio para las letras y el rock, donde músicos y poetas ofrecerán lecturas y canciones.

A todo volumen, la historia del rock a través de las tapas de los discos nacionales.

Espacio Bafici, documentales de música del mejor cine independiente del mundo.

Galería Digital, artes visuales y animación.

Living: para leer y descansar, escuchar música y enterarse de los últimos lanzamientos de los sellos independientes.

La Gran Avenida, lustrando sus bronces

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Hay un dicho que afirma que a la Avenida de Mayo le diseñaran los franceses, la construyeron los italianos y la viven los españoles. Tal vez una forma de describir la europeización de la ciudad a los fines del siglo XIX. Para mí, la Gran Vía de Mayo – que recorre los dos kilómetros que separan la Casa Rosada del Congreso de la Nación – es la más hermosa de Buenos Aires. En ella están el bar los 36 Billares, la Academia Nacional del Tango, el Café Tortoni, el Hotel Chile, el palacio Barollo e mucho más.

Lamentablemente, durante las últimas décadas, la avenida cayó en una especie de abandono, de decadencia. Ahora, hay un esfuerzo en revitalizar la calle. Hasta el 18 de mayo, en esta Gran Vía porteña habrá visitas guiadas, teatro, música y otras cosillas para ver, gratis y a la luz de la arquitectura local.

Este fin de semana, habrá durante todo el día una exposición de libros incunables en la Librería El Túnel (Av. de Mayo 767) y a las 16 horas, una experiencia teatral que propone viajar 200 años al pasado y conocer la legendaria plaza (que es actual Plaza de Mayo).  También a esa hora habrá visitas guiadas y a las 19, tango en London City (Av. de Mayo 599), con entrada gratuita. En los 36 Billares (Av. de Mayo 1265), tango  Recordando a Lorca, por Inés Rinaldi y Juan Carlos Cuacci, con Facundo Guevara en percusión y Juan Pablo Navarro en contrabajo.

Programación completa en: http://estatico.buenosaires.gov.ar/areas/turismo/imagenes_agenda/gran_via_es.pdf

Sitio con la historia de la avenida:

 http://www.avenidademayo.com/avenida/av_home.htm