Melhor do que rir dos argentinos é rir ‘com’ eles

Vim para o Brasil este final de ano com a mala cheia de quadrinhos argentinos, o presente oficial do Natal 2010 aqui em casa. Mas na verdade nem precisava ter trazido muita coisa de Buenos Aires.

A Zarabatana Books (vou fazer propaganda porque eles merecem!) está publicando em português as melhores tiras dos hermanos.

Além de três coletâneas do mundo Macanudo, criado por Liniers, eles traduziram recentemente o trabalho do Tute. A mesma editora deve lançar em breve Noturno, “graphic novel” de Salvador Sanz, e ainda Fierro Brasil, versão nacional da revista que impulsionou a HQ argentina nos anos 80 e que, após um intervalo de 14 anos desaparecida, voltou a ser publicada em 2006 junto ao jornal Página 12.

Agora falta pelo menos Rep, que adoro.

Mais sobre quadrinhos argentinos no Cartas de Buenos Aires de hoje, no Noblat. O texto completo está AQUI.

Um 2010 criativo e bem humorado

Uma das belas descobertas desse ano foram os quadrinhos argentinos. O humor daqui é demais! Entre meus desenhistas preferidos estão Liniers, Rep e Tute. Já falei deles aqui no blog, mas ontem fiz uma seleção no capricho para vocês explorarem com calma agora nesses dias de vacaciones.

Se nao der para ler bem alguma tira é só clicar em cima para ver maior.

Liniers (abaixo) desenha as tiras Macanudo, Bonjour, Posters e ainda uma que amo que se chama Cosas que te pasan si estas vivo. Publica diariamente no jornal La Nación. Difícil escolher apenas um ou duas tiras pare publicar aqui. Deixo então o site oficial dele para que vocês naveguem com calma e também outros dois blogs que ele mantém. O AutoLiniers e o Macanudo Liniers.

Também amo o Rep, principalmente o personagem Gaspar, que está sempre no diva, e Culpo, um polvo enorme e perverso que atordoa Gaspar aos domingos no Pagina 12. Ele tem uma página oficial e um blog com tiras.

Por fim, sugiro uma espiada no site ou no blog do Tute, que também é muito bom.

Santo umbigo, Batman

884967

Listas, listas. Recentemente o jornal inglês The Guardian escolheu os 1.000 livros que todo o cidadão deveria ler e agora, ontem, a publicação britânica The Times enumerou os 60 melhores livros das últimas seis últimas décadas. Essa última lista – que seleciona um livro por ano – não menciona, por exemplo, nem Vargas Llosa, nem Borges, nem Cortázar. Por outro lado, inclui JK Rowling (Harry Potter e a Pedra Filosofal, de 1997). Não dá para levar a sério. Hummm… claro que a lista é feita de acordo com o gosto dos editores. Aparecem apenas dois autores de língua espanhola: Isabel Allende, com Casa dos Espíritos (1982) e Gabriel García Márquez, com O amor nos tempos de cólera (1985). Ni hablar de autores de língua portuguesa. Fernando Pessoa? Who?

A lista do Times está AQUI e a ilustração acima, é claro, é de Liniers. Ando assim, apaixonada pelos desenhos dele.